O ATO DISCURSIVO BLACK BLOC E A GRAMÁTICA DE RESISTÊNCIA

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Resumo

Este trabalho delineia-se como um elo numa cadeia de atos acadêmicos e políticos desenvolvidos por professores, sujeitos sociais e alunos enquanto resistência contra atos reacionários. Valemo-nos do conceito de gramática da dor/de resistência (Alencar, 2014) para vislumbrar particularidades transformadoras de enunciados concretos (Bakhtin, 2011) associados às práticas discursivas de novos movimentos sociais e de seus sujeitos (Gohn, 2008; Houtart, 2007), que emergem a partir da contradição viva com fenômenos sociais contemporâneos. Metodologicamente, a partir da estabilização tensa de formas típicas de interação discursiva sensível a vozes sociais marginalizadas em estruturas discursivas específicas, relacionamos as noções de gramática de resistência, novos movimentos sociais e “erros” (segundo perspectivas normativistas conservadoras) gramaticais, para discutir o enunciado “Black Bloc, questão de escolha”, publicado na página do Facebook Black Bloc – RJ em 06/12/2013. Consideramos que este discurso se dispõe a eticamente escutar o grito dos marginalizados e busca legitimar formas discursivas que se delineiam enquanto indistinção entre verbo, vida e luta social.

Biografia do Autor

Marcos Roberto dos Santos Amaral, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará - PosLA-UECE. Membro do Grupo de Estudos Bakhtinianos do Ceará (GEBACE) e do Grupo de Estudos Deleuze & Guattari (GEDEG). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Professor da rede estadual de ensino do Ceará - SEDUC-CE.

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Publicado

2022-11-09

Edição

Seção

Artigos Tema Livre