O SIGNIFICADO MODAL E O USO PARENTÉTICO: UMA INVESTIGAÇÃO DOS VERBOS COGNITIVOS NO PORTUGUÊS

Autores

  • Letícia de Almeida Barbosa Unesp/Ibilce

Resumo

Este artigo analisa as nuances de alguns verbos cognitivos do português, com objetivo de identificar quais acepções proporcionam a sua atuação no campo da cognição e no campo da modalidade epistêmica. Com base em Casseb-Galvão (1999), Traugott e Dasher (2001) e Barbosa-Santos (2019), pode-se notar que, de codificadores de processos mentais, os verbos acreditar, pensar, imaginar e calcular passam a ocorrer como modalizadores, com visível saliência de seu sentido epistêmico. Para coleta e análise dos predicados, optou-se por ocorrências entre os séculos XVIII e XX, no Corpus do Português. A escolha do corpus se justifica pelo fato de ele compor um conjunto amplo de construções da língua entre os séculos investigados. Por meio das ocorrências analisadas, pode-se constatar que, embora tais verbos expressem opinião e crença, há um continnum de nunces mais e menos específicas, que permitem os definir como mais ou menos fluidos.

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Publicado

2021-09-03

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Seção

Artigos Tema Livre