A REPRODUÇÃO SOCIAL DE AGRICULTORES FAMILIARES NO SUDOESTE DO PARANÁ: UMA ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS
DOI:
https://doi.org/10.5212/Rev.Conexao.v.14.i3.0009Klíčová slova:
Estratégias de reprodução social, Terra, Trabalho, Renda agrícola.Abstrakt
A crescente orientação das práticas sociais para o mercado fez com que a reprodução social dos agricultores familiares fosse alterada. Sabendo que na agricultura moderna a reprodução social da agricultura familiar se consolida pela capacidade de adaptação aos novos contextos sociais, questiona-se sobre quais seriam as características socioeconômicas dos agricultores familiares do Sudoeste do Paraná? Para tanto, procurou-se analisar as estratégias de reprodução social baseada em três indicadores: terra, capital e trabalho. Como resultado, identificou-se que as unidades produtivas possuem como principais estratégias de produção o leite com manejo de pastagens e a produção de soja, e que os mesmos são eficientes para reprodução social das famílias em termos de renda, mas que precisam de força de trabalho, área de terra e investimento em tecnologias.
Reference
ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas: Editora HICITEC, 1992. 296 p.
ALMEIDA, M. W. B. de. Redescobrindo a família rural. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v.1, n. 1, p. 66-83, jun. 1986.
BRUM, Argemiro J.A. Modernização da Agricultura: trigo e soja. Petrópolis: Vozes; Ijuí: FIDENE, 1988. p. 31-89.
CHAYANOV, A. Sobre a teoria dos sistemas econômicos não capitalistas. In: SILVA, J. G.; STOLCKE, V. A questão agrária. São Paulo: Brasiliense1981. p.133-163.
CORONA, H. M. P. A Resistência Inovadora: A Pluriatividade no Sudoeste Paranaense, Pr. 231 f. 1999. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba, 1999.
CONTERATO, M. A. et al. O consumo intermediário na agricultura: uma comparação entre agricultura familiar e não familiar no Brasil e nas regiões Sul e Nordeste. In: SCHNEIDER, S.; FERREIRA, B.; ALVES, F. (Org.). Aspectos Multidimensionais da Agricultura Brasileira diferentes visões do Censo Agropecuário 2006. 1. ed. Brasília, v. 1, 2014. p. 133-162
GARCIA FILHO, D. P. Guia Metodológico Análise Diagnóstico de Sistemas
Agrários. Brasília: INCRA/FAO, 1999. 65 p.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35. n. 2, p. 57-63, 1995.
GRAZIANO DA SILVA, J. A industrialização e a Urbanização da Agricultura Brasileira. São Paulo em Perspectiva, v. 7, n. 3, p. 2-10, 1993.
GRAZIANO DA SILVA, J. O novo rural brasileiro. Campinas, UNICAMP, Instituto de Economia, 1999. (Coleção Pesquisas, 1). 28 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo da População. Brasília, 2000. Disponível em: . Acesso em: 26 mai. 2018.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL -
IPARDES. Leituras regionais: mesorregião geográfica sudoeste paranaense. Curitiba, 2004. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/index.php?pg_conteudo=1&sistemas=1&cod_sistema=1&ano_estudo=2004. Acesso em: 26 mai. 2018.
KAGEYAMA, A. Diversificação das rendas nos domicílios agrícolas no Brasil,1992 e 2001. Economia e Sociedade, Campinas, v. 12, n. 1, p. 65-86, 2003.
LAMARCHE, H. (Coord.). A agricultura familiar: comparação internacional. Vol. I. Campinas: Editora da Unicamp, 1993. 336 p.
LIMA, P.; BASSO, N.; NEUMANN, P. S.; MÜLLER, A. G.; SANTOS, A. C. Administração da unidade de produção familiar: modalidades de trabalho com agricultores. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 1995. 222 p.
NAVARRO, Z. Do mundo da roça ao mercado: mudanças recentes e o desenvolvimento agrário no Sul do Brasil. Brasília: NEAD, 2002. Relatório de pesquisa.
NAVARRO, Z. Os estabelecimentos rurais de menor porte sob gestão familiar e a estratégia institucional da Embrapa: diversidade social, dinâmicas produtivas e desenvolvimento tecnológico. Projeto de Pesquisa da EMBRAPA Centro de Estudos e Capacitação em Agricultura Tropical. Chamada 05/2012 - Desenvolvimento Institucional – EMBRAPA – Distrito Federal, 2012.
PEIXOTO, M. Extensão Rural no Brasil- Uma abordagem Histórica da Legislação. Texto para discussão, Consultoria Legislativa do Senado Federal. Brasília, out. 2008. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-para-discussao/td-48-extensao-rural-no-brasil-uma-abordagem-historica-da-legislacao
PERONDI, M. A.; RIBEIRO, A. E. M. As estratégias de reprodução de sitiantes no Oeste de Minas Gerais e de colonos no Sudoeste do Paraná. Organizações rurais e agroindustriais, v. 2, n. 2, p. 3-15, 2000.
TEDESCO, J. C. Terra, trabalho e família: racionalidade produtiva e ethos camponês. Passo Fundo: Editora da UPF, 1999. 331 p.
WANDERLEY, M. N. Raízes históricas do campesinato brasileiro. In: TEDESCO, J. C. (Org.) Agricultura familiar: realidade e perspectivas. 3.ed. Passo Fundo: Editora da UPF, 2001. p. 21-55.
WANDERLEY, M. de N. B. O mundo rural como um espaço de vida: reflexões sobre a propriedade da terra, agricultura familiar e ruralidade. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. 21 p.
Stahování
Publikováno
Číslo
Sekce
Licence
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Ao submeter um artigo à Revista Conexão UEPG e tê-lo aprovado os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus metadados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.
c) Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à Revista Conexão UEPG e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.