DA IDEOLOGIA POLÍTICA NOS GRAFITOS
Resumo
O comportamento político do homem português moderno não depende apenas de actores que se destacam da massa populacional anónima pelas ideologias e pelos actos propostos ou impostos, nem se reflecte somente em decretos, leis, manifestos ou artigos de opinião. O grafito verbal português, seja na específica tessitura estrutural e semântica, enquanto texto estéticoliterário em si mesmo, seja na projecção no universo sociopolítico com o qual interage, dele se alimentando e devolvendo-lhe imagens parodisticamente jocosas, irónicas e satíricas, consubstanciou sentimentos, emoções, pensamentos, aspirações e expectativas daqueles que se opuseram ao regime ditatorial salazarista, activo quarenta e oito melancólicos e intermináveis anos (1926-1974). Simultaneamente, na síntese-força constituída por cada uma das formas breves (slogans, ditos e poemas de um verso a cerca de quatro ou cinco versos ou poemas em prosa) em que o sistema comunicacional destes objectos semióticos se actualiza, eterniza-se, nos corpora reunidos, uma experiência estético-pragmática que é profecia, memória e palavra estética em militância revolucionária.Downloads
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