A espetacularização das culturas populares

Autores

  • Osvaldo Trigueiro

Resumo

O homem comemora há centenas de anos os seus ritos de passagem, relembra as suas datas festivas sagradas, profanas e de agradecimento. São essas evoluções e evocações que chegam até os dias atuais, que já estão incorporadas aos nossos calendários de tradição religiosa e festiva. Ao longo do tempo essas práticas sempre fizeram parte dos processos das transformações culturais e religiosas da sociedade humana e das suas relações simbólicas entre a realidade e a ficção, dando origem aos diversos protagonistas e suas performances nos festejos populares. São essas práticas do passado que chegam ao presente com as suas diversidades nacionais, regionais e locais, de significados, de referências e de desdobramentos em processos culturais de apropriações e incorporações de novos valores simbólicos que vão construindo outras identidades. Identidade aqui compreendida como um processo cultural em constante movimento entre os espaços públicos e privados das instâncias sociais. É nesses contextos que venho estudando os deslocamentos, as teledistribuições de bens culturais populares materiais e imateriais para as novas demandas de consumo no mundo globalizado. São os diferentes circuitos de difusão e de mercado desses produtos culturais, suas negociações e cumplicidades, que tenho observado. Já no início dos anos de 1970, com a consolidação da indústria cultural impulsionada pelos meios de comunicação de massa principalmente pela televisão, a espetacularização das culturas populares ou produtos culturais folkmidiáticos se intensifica, ganha maior visibilidade no Brasil.

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Publicado

2008-12-03

Como Citar

TRIGUEIRO, O. A espetacularização das culturas populares. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 3, n. 5, 2008. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/18642. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS E ENSAIOS