Comunidade Fanuel, mediação midiática e ativismo folkreligioso em Parintins/Am
DOI:
https://doi.org/10.5212/RIF.v.22.i49.0009Palavras-chave:
Comunidade Fanuel, Facebook, Mediação midiática, Ativismo folkreligiosoResumo
Este artigo analisa a constituição do líder folkreligioso da Comunidade Católica Fanuel, em Parintins/Am, e sua atuação enquanto ativista midiático no facebook da referida comunidade. Pesquisa qualitativa que adota o modelo etnográfico e netgráfico para uma descrição e interpretação das características de um comunicador folkmidiático. O estudo articula-se com a teoria folkcomunicacional de Luiz Beltrão; também dialoga com Recuero (2014) e Scherer; Farias (2018) sobre os aspectos básicos que promovem a comunicação no Facebook; com as noções de campo, em Pierre Bourdieu. Em meio ao interesse da grande mídia pelas manifestações do folclore surge o conceito de ativista midiático de Trigueiro (2013). Vislumbrar as práticas desses líderes, no facebook, é percebê-los como ativistas folkreligiosos que tem se apropriado das ferramentas e técnicas da rede social facebook, na trasmissão do carisma da comunidade em questão.
Referências
ALMEIDA, M. I. S. de; COELHO, R. L. F.; CAMILO-JUNIOR, C. G., & GODOY, R. M. F. de. Quem lidera sua opinião? Influência dos formadores de opiniões digitais no engajamento. Revista de Administração Contemporânea. Rio de Janeiro, v 22, 2017.
AZEVEDO, B. M. M. de; FERREIRA, R. da S. Redes sociais e religião: um estudo sobre a experiência religiosa dos jovens na sociedade imagética conectada. Numen, [S. l.], v. 21, n. 1, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/22122. Acesso em: 5 nov. 2024.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: A comunicação dos marginalizados. São Paulo: Cortez, 1980.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: teoria e metodologia. São Bernardo do Campo: Umesp, 2004.
BELTRÃO, Luiz. Folkcomunicação: um estudo dos agentes e dos meios populares de informação de fatos e expressão de ideias. Porto Alegre: Edipuccrs, 2002.
BENJAMIN, R. Folkcomunicação: da proposta de Luiz Beltrão à contemporaneidade. Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación, [S. l.], n. 8-9, 2011. Disponível em: https://revista.pubalaic.org/index.php/alaic/article/view/380. Acesso em: 20 jul. 2024.
BEZERRA, Juliana Freire. Folk-ativismo para o desenvolvimento local: políticas e estratégias de comunicação na comunidade Padre Hildon Bandeira, João Pessoa-PB. 2016. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
BOURDIEU, Pierre. A gênese dos conceitos de habitus e de campo. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
BRASIL. IBGE. Censo Demográfico de 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. 2010.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e terra, 2015.
CATANI, Afrânio Mendes. Pierre Bourdieu: um estudo da noção de campo e de suas apropriações brasileiras nas produções educacionais. In: Congresso Português de Sociologia, V, Braga (PT), 2004. Actas. Braga, Portugal: Universidade do Minho, Braga, 2004.
CORREIA, P.; MOREIRA, M. Novas formas de comunicação: história do facebook - uma história necessariamente breve. ALCEU - v. 14 - n.28 - jan./jun., 2014.
FERNANDO, Adelson da Costa. Nas teias do comunitarismo carismático católico: uma análise sociológica da Comunidade Vida Nova em Parintins/Am. Tese (Doutorado em Ciências da Religião) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC/GO, 2018.
FLETCHER, Dan. Facebook: Friends (and Moms) Without Borders. Time, 20 de maio de 2010.
GOBBI, Maria Cristina; BELTRÃO, Luiz; MELO, José Marques. Folkcomunicação – a mídia dos excluídos / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro: — Rio de Janeiro: A Secretaria, 2007 — (Cadernos da Comunicação. Estudos; v. 17).
JULIANI, D. P.; JULIANI, J. P.; SOUZA, J. A.; BETTIO, R. W. Utilização das redes sociais na educação: guia para o uso do facebook em uma instituição de ensino superior. Novas Tecnologias na Educação 10(3), 2012.
MAURÍCIO JUNIOR, Cleonardo. Revisando o conceito de carisma: líderes pentecostais, entre o virtuosismo e o capital religioso, da dominação à performance. Revista Todavia, ano 2, nº 2, jul., 2011.
LAZARSFELD, Paul. Os meios de comunicação coletiva e a influência pessoal. In: Panorama da Comunicação Coletiva. Rio de janeiro: Fundo de Cultura, 1964.
NOGUEIRA, Maria Alice; NOGUEIRA, Cláudio Martins. Bourdieu & Educação. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
LE BRETON, David. Antropologia do corpo e modernidade. Petrópolis: Vozes, 2018.
PEREIRA, Elaine Aparecida Teixeira. O conceito de campo de Pierre Bourdieu: possibilidade de análise para pesquisas em história da educação brasileira. Florianópolis: Revista Linhas, v. 16, n. 32, set. dez., 2015.
RECUERO, Raquel. Redes Sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
RECUERO, Raquel. Curtir, compartilhar, comentar: trabalho de face, conversação e redes sociais no Facebook. Verso e Reverso, vol. XXVIII, n. 68, 2014.
SANTANA, Flávio Menezes; LUCENA FILHO, Severino Alves de. A queijadinha de Dona Marieta em São Cristóvão/SE no contexto do Folkturismo como estratégia para o desenvolvimento local. Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional, Ano 21 n. 21, jan./dez. 2017.
SANTOS, Larissa Ferreira dos; VASCONCELOS, Sandra Maia; PERINOTTO, André Riani Costa. A midiatização digital das quadrilhas juninas no Ceará: identidade, tradição, espetáculo e promoção turística. Rev. Latino - Am. Turismologia / RELAT - Juiz de Fora, (Brasil), v. 5, Jan./ Dez., 2019.
SANTOS, Rojanira Roque dos. O emprego do conceito de campo de Bourdieu na análise do Programa mais cultura nas Escolas. EDUCERE. XII Congresso Nacional de Educação, 1997.
SCHERER, Angelo Luís; FARIAS, Josefa Gomes de. Uso da rede social facebook como ferramenta de ensino-aprendizagem em cursos de ensino superior. Rev. Bras. Aprend. Aberta, 2018.
SPADARO, Antonio. Quando a fé se torna social. São Paulo: Pia Sociedade de São Paulo: Paulus, 2016.
TRIGUEIRO, O. O ativista midiático da rede folkcomunicacional. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 4, n. 7, 2008.
TRIGUEIRO, Osvaldo Meira. Folkcomunicação e ativismo midiático. João Pessoa: UFPB, 2013.
TRIGUEIRO, Osvaldo Meira. A espetacularização das culturas populares ou produtos culturais folkmidiáticos. Seminário Nacional de Políticas Públicas para as culturas populares, Brasília/DF, 2005.
WEBER, M. Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004.
WOITOWICZ, Karina Janz. Comunicação, cultura e resistência: da folkcomunicação aos estudos culturais, aproximações e diálogos entre Luiz Beltrão e Stuart Hall. Razón y Palabra, n. 87, julio-septiembre, 2014.
WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Os autores são responsáveis, em qualquer que seja o formato do texto, pelas opiniões expressas ou indiretas presentes em seus respectivos trabalhos, não endossáveis pelo Conselho Editorial e pelos editores da Revista, bem como pela autenticidade do trabalho. Ao publicar trabalhos na Revista Internacional de Folkcomunicação, os autores cedem automaticamente os direitos autorais à publicação para veiculação das produções acadêmicas, sem ônus para a Revista. Os autores detêm os direitos autorais do texto para o caso de publicações posteriores e concedem à Revista Internacional de Folkcomunicação o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista. Por serem publicados em revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais, sendo permitida a publicação simultânea em repositórios institucionais.