Do fundo da grota para o streaming: o sucesso do grotesco na midiatização musical

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5212/RIF.v.18.i41.0008

Resumo

O cenário da pandemia de Covid-19 estimulou a exposição de músicos em lives musicais. Artistas que já se faziam presentes em plataformas de streaming e em mídias sociais digitais buscaram espaço com vistas a superar a exigência de distanciamento social. O artigo observa a intrínseca relação entre o campo da música e os processos de midiatização e propõe-se a examinar como ocorre a inserção da música regional gaúcha em algumas das transmissões de maior audiência no período no streaming. Analisa-se especificamente o fenômeno de uma canção reconhecida como pertencente a uma identidade específica, a partir da relação entre letra e sonoridade, e sua divulgação a partir de memes para audiências desterritorializadas. Constata-se que, a partir do linguajar de zombaria em temas já tratados pela narrativa mítica, a vertente musical galponeira assumida na canção manifesta o desprezo por formas cultas e críticas de expressão musical, e conquista tanto audiências regionais como nichos regionalistas nacionais. Seu êxito expressa a busca catártica de superação da asfixia social determinada pelo contexto da pandemia. Midiatização; Música regional gaúcha; Música Popular; Grotesco.

Biografia do Autor

Helyna Dewes, Universidade Federal de Santa Maria

Produtora cultura da Universidade Federal do Pampa, é graduada em Publicidade e Propaganda, mestra e doutoranda em Comunicação pela Universidade Federal de Santa Maria.

Ada C. Machado da Silveira, Universidade Federal de Santa Maria

Professora Titular da Universidade Federal de Santa Maria e pesquisadora do CNPq. Integra o quadro permanente do PPGComunicacão da UFSM e é colaboradora do Mestrado Profissional em Comunicação e indústria criativa da Universidade Federal do Pampa.

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

DEWES, H.; C. MACHADO DA SILVEIRA, A. Do fundo da grota para o streaming: o sucesso do grotesco na midiatização musical. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 18, n. 41, p. 152–168, 2020. DOI: 10.5212/RIF.v.18.i41.0008. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/19233. Acesso em: 26 abr. 2024.