OS VITRAIS LÍRICOS DE “AS MÃES DA SÍRIA”: ISABEL AGUIAR E OS RASTROS DO FORA
Resumo
No presente ensaio, analisamos “As mâes da Síria” (2017) da poeta Isabel Aguiar, obra inspirada nas pinturas da exposição “O tempo dos Sonhos”, de Mario Rita (2005). Seu estilo poético aborda várias relações possíveis com o fora e repensa os entre-lugares e as ruínas de um mundo patriarcal que reproduz constantemente os desterrados. Sua poesia tematiza e reverbera os rastros do fora em seu sentido mais radical e político. Com auxílio de Isabel Aguiar, podemos notar que a ruína se põe como conceito paradoxal, como a presença do fora. Isso nos leva a Blanchot, para quem o poeta está sempre fora de si mesmo pois “o poema é exílio”.
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