A RELAÇÃO ENTRE EXÍLIO E O FORA NAS MISSIVAS DE CLARICE LISPECTOR
Resumo
Esse escrito teve como objetivo explorar alguns excertos das correspondências pessoais de Clarice Lispector mantidas com suas irmãs durante os anos em que viveu fora do Brasil (1944 e 1959); tendo como fundamento para tal análise a questão do exílio. A temática do exílio foi direcionada no sentido de um ‘estar fora’, seja no significado de desenraizamento territorial como também condição própria da existência. Para tanto, utilizamos das cartas organizadas no livro Minhas Queridas, compiladas pela biógrafa Tereza Montero, além disso, recorremos dos aportes teóricos de Edward Said e Jean-Luc Nancy. Entendemos que pensar o exílio em Clarice é pensá-lo como algo próprio, não como propriedade, ou seja, como abertura para o mundo, como proximidade na distância. Dessa forma, a experiência pessoal de Clarice e a experiência de escritora, testemunha a linguagem e a existência como estrangeira e, ao mesmo tempo, como abertura do ser-no-mundo, que significa movimento de ser. Com isso, o 'estar fora' além de atravessar os discursos, ele também pode ser considerado uma 'rede produtiva' não somente para a vida pessoal da escritora, mas para a riqueza do contexto da sua literatura.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Muitas Vozes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Transferência de direitos autorais: Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, JÁ FICA ACORDADO QUE o autor AUTORIZA a UEPG a reproduzi-lo e publicá-lo na REVISTA MUITAS VOZES, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O ARTIGO poderá ser acessado tanto pela rede mundial de computadores (WWW - Internet), como pela versão impressa, sendo permitidas, A TÍTULO GRATUITO, a consulta e a reprodução de exemplar do ARTIGO para uso próprio de quem a consulta. ESSA autorização de publicação não tem limitação de tempo, FICANDO A UEPG responsável pela manutenção da identificação DO AUTOR do ARTIGO.