O imaginário sobre o indígena e a memória nacional: materialidades gráficas sobre os Kaingangs
Palabras clave:
Análise de Discurso, Imagem, Imaginário nacional indígena, KaingangResumen
O livro infantil, Joaquim Toco e amigos na terra do Gãr (DMITRUK, 2015), expõe histórias voltadas ao público infantil, por meio de narrativas, mitos, costumes e tradições da cultura Kaingang. Apresentando, através de ilustrações, uma realidade corrente, observada pelo viés dos autores, deste povo em constante contato com comunidades não indígenas. Propomo-nos, com o presente trabalho, a uma análise discursiva das materialidades gráficas desse objeto, amparando-nos em um referencial teórico proveniente dos estudos em Análise de Discurso de matriz francesa. O livro, em sua totalidade, é composto por imagens e textos que constituem o discurso de tal objeto. Não buscaremos aqui uma separação (em um movimento de leitura e análise) entre essas materialidades diversas, pois compreendemos que todos os elementos são constitutivos do discurso que nos interessa. Sendo assim, de que forma as imagens presentes em Joaquim Toco e amigos na terra do Gãr constroem um imaginário sobre o sujeito indígena Kaingang que, de certa maneira, desestabiliza uma memória do indígena dentro do imaginário nacional? A partir desse questionamento norteador, observaremos a imagem como relação simbólica e os sentidos possíveis desprendidos do discurso proveniente dessa materialidade significante.
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