Identidades marginais na literatura da pós-modernidade
Palabras clave:
Identidades marginais, Pós-modernidade, Representação literária.Resumen
: Pressupondo haver um descentramento narrativo no romance brasileiro da Pós-modernidade, foram, em análise que se pretende teórico-crítica, apontadas e analisadas nuances e implicações estéticas e sociais desse fenômeno na obra Todos nós adorávamos caubóis, de Carol Bensimon, publicada em 2013, que apresenta como narradora - protagonista uma jovem homossexual. A partir de pressupostos teóricos de pensadores como Michel Foucault, Stuart Hall e Zygmunt Bauman, foram trazidos à luz da análise dados que levam a crer neste movimento estrutural no interior da representação literária da narrativa romanesca, seus traços determinantes e de quais modos a identidade comumente marginal representada no romance passou da constituição de personagens secundárias a configurar personagens centrais, portadoras de voz e protagonismo. Além disso, foi investigado de que forma e em que medida este fenômeno está representando e refratando possíveis transformações engendradas, nas últimas décadas, pela alteração do olhar social e político dirigido às categorias marginalizadas social e literariamente. Examinadas as relações existentes entre tema e forma, a análise conduz a pressupostos reflexivos acerca do descentramento da representação de identidades marginais e suas significações na Pós-modernidade, pensando a literatura contemporânea como possível espaço de inovação temático-formal, resistência e visibilidade para perspectivas predominantemente periféricas na criação literária.
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