É MUITO BONITO NO PAPEL, MAS NA REALIDADE DEIXA A DESEJAR... EDUCAÇÃO (ESCOLAR) INDÍGENA: ENTRE LEIS E REALIDADE. DOI: 10.5212/MuitasVozes.v.3i1.0010
Mots-clés :
Educação (escolar) indígena, Formação de professor, Políticas linguísticas.Résumé
Por meio deste trabalho pretendemos proporcionar discussões que abordem os conflitos existentes entre as políticas linguísticas (CALVET, 2007) e a realidade que se coloca na construção da educação (escolar) indígena. Para tanto, trazemos dados e análises resultantes de uma pesquisa etnográfica (LÜDKE; ANDRÉ, 1986), em nível de mestrado, que se deu entre 2011 e 2012, na comunidade Guarani do Pinhalzinho, Tomazina, Paraná. Metodologicamente, a pesquisa em questão tem cunho qualitativo/ interpretativista (ANDRÉ, 1995; BARBIER, 2007; THIOLLENT, 2011). O aporte teórico que norteou este trabalho inclui os seguintes documentos/autores: Constituição Federal (BRASIL, 1988), LDB (BRASIL, 1996), Cavalvanti; Maher (1993), D’Angelis (1997), Veiga (2005), Grupioni (2006), dentre outros. Os resultados sugerem que: a) a educação (escolar) indígena possui grande influência na formação de lideres críticos e atuantes tanto na comunidade indígena quanto na sociedade não-indígena; b) falta autonomia e há verticalização das políticas educacionais, isto é, os aspectos relativos a educação não estão sendo construídos em conjunto com a comunidade; c) há ausência de formação continuada específica para professores indígenas e não-indígenas; d) as atitudes da Secretaria Estadual de Educação e de alguns professores não-indígenas a respeito de língua, cultura e identidade muitas vezes são etnocêntricas.
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