Imobilismo e frustração em “O Amanuense Belmiro”
Mots-clés :
Cyro dos Anjos, romance de 30, imobilismo, fracassoRésumé
Este artigo constitui um estudo sobre O amanuense Belmiro, do escritor mineiro Cyro dos Anjos, com foco no personagem Belmiro Borba, protagonista e narrador do romance. Solitário e retraído, Belmiro chega aos trinta e nove anos sem ter conseguido realizar nada de significativo, algo que trouxesse um sentido para sua existência. Inapto para a ação num mundo em que o ativismo é condição indispensável à sobrevivência, Belmiro fracassa em todas as esferas de atuação, não conseguindo realizar qualquer projeto consistente que pudesse marcar positivamente a sua vida. Não realiza os planos dos seus pais, negando as virtudes da família ao recusar-se dar-lhe continuidade através do trabalho na propriedade rural; fracassa na tentativa de escrever um livro de memórias para registrar suas lembranças, ao deixar que as cenas do seu cotidiano predominem e ofusquem os acontecimentos do passado; também não se realiza no plano afetivo, tornando-se um solteirão melancólico e solitário, que se retrai para realizar a única obra de que fora capaz: o registro íntimo de impressões do cotidiano misturadas a reflexões acerca de sua trajetória fracassada, numa prosa irônica temperada com lirismo e melancolia.
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