Como ler um texto da prisão: tensões, conflitos e interpretação na prática da escrita no cárcere

Autores

  • Adriana Rezende Faria Taets Silva FEPI - Centro Universitário de Itajubá Universidade de São Paulo - USP

Resumo

Este artigo toma a escrita no cárcere, produzida a partir da participação de presos e presas em concursos literários ou artísticos realizados na prisão, como ponto de partida para a análise e compreensão do trânsito entre o dentro e o fora do cárcere a partir das relações sempre tensas entre instituição prisional e sujeito preso. O texto escrito pelo preso é acompanhado de uma série de outros textos para que, ao sair do cárcere, permita uma interpretação “correta” por parte do leitor que se encontra do lado de fora das grades. Essa operação, de construção de um sentido literal, conceito tomado de empréstimo do Certeau (2013), ilumina uma compreensão sobre a escrita no cárcere como uma operação de poder, prática controlada por peritos e especialistas para que a escrita do cárcere não se torne completamente incendiária (Butler, 2016).

Biografia do Autor

Adriana Rezende Faria Taets Silva, FEPI - Centro Universitário de Itajubá Universidade de São Paulo - USP

Graduada em Ciências Sociais pela USP, Mestrado em Antropologia Social, pela USP, e Doutorado em Antropologia Social pela USP. Professora universitária no Centro Universitário de Itajubá.

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Publicado

2020-03-19

Como Citar

TAETS SILVA, A. R. F. Como ler um texto da prisão: tensões, conflitos e interpretação na prática da escrita no cárcere. Muitas Vozes, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 325–342, 2020. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/13822. Acesso em: 22 dez. 2024.