A redação do ENEM sob a ótica da política linguística: um estudo da Competência

Autores

  • Socorro Cláudia Tavares de Sousa Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Esse artigo teve como objetivo investigar o processo de interpretação e apropriação da competência 5 da redação do Enem, por parte de um professor e de um grupo de alunos em um cursinho da rede privada de ensino. Para tanto, utilizamos a noção de política linguística compreendida como um processo (RICENTO; HORNBERGER, 1996; JOHNSON, 2013). Inserido em um paradigma interpretativista (LIN, 2015), realizamos uma análise quantitativa das respostas da entrevista aplicada ao professor, do questionário direcionado aos discentes, do material didático utilizado pelo docente e das produções textuais dos estudantes.  A partir de uma análise qualitativa dos dados, foi possível constatar que a política linguística oficial que rege a Redação do Enem é interpretada com sentidos semelhantes aos das orientações governamentais e é apropriada de forma criativa por diferentes árbitros, revelando, ao mesmo tempo, o poder dos agentes e a submissão ao sistema dado o papel social desse teste na sociedade brasileira.

Biografia do Autor

Socorro Cláudia Tavares de Sousa, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Línguística e Língua Portuguesa, Programa de Pós-Graduação em Linguística

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Publicado

2020-03-19

Como Citar

SOUSA, S. C. T. de. A redação do ENEM sob a ótica da política linguística: um estudo da Competência. Muitas Vozes, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 196–215, 2020. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/14151. Acesso em: 3 nov. 2024.

Edição

Seção

A linguagem nos processos seletivos para ingresso no ensino superior