PAULO AUGUSTO E A POESIA HOMOERÓTICA: TRANSGRESSÃO E PIONEIRISMO EM FALO
Resumo
O século XX foi marcado pela ascensão de movimentos sociais que reivindicaram visibilidade a corpos oprimidos. Essa mudança foi de extrema importância para que nos dias de hoje a presença desses corpos fosse mais recorrente, abrindo-se espaço, por exemplo, para suas representações literárias. Contudo, no cenário brasileiro, o lugar de uma literatura queer ainda é incerto e evidencia-se que muitos autores e textos permanecem à margem. Assim, a partir de um trabalho de resgate, o artigo propõe-se a recuperar aspectos da obra Falo, de Paulo Augusto, escritor potiguar que, durante a década de 70, publicou seu primeiro livro com um tom assertivo e ácido em plena ditadura militar. Como referencial teórico, a pesquisa ampara-se em nomes como Judith Butler, Michel Foucault, Guacira Lopes Louro, Richard Miskolchi. Nesse contexto, tomando como base aspectos da teoria queer, a pesquisa deteve-se sobre três poemas (“Avant-premiere”, “Vae Victis” e “Estatuto”), observando como os textos lidam com temáticas como a imposição social de um gênero, a repressão sobre corpos dissidentes à norma sexo-gênero cisheteronormativa e a posição de margem ocupada por esses corpos. Dessa forma, pretende-se dar visibilidade a um autor que, embora pioneiro na exploração de uma poesia homoerótica, acabou sendo invisibilizado pela crítica.
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