DISCURSOS DE/SOBRE UMA PERSONAGEM À DERIVA NO CONTO “AMOR”, DE CLARICE LISPECTOR
Resumo
Silenciamento, invisibilidade, inferioridade, normatização dos corpos e condutas são palavras que atravessam e constituem os discursos que traçaram a história das mulheres, que sempre foram subjetivadas por verdades engendradas historicamente. Verdades que argumentam a partir de seu corpo, sua sexualidade, sua forma de ser e de estar no mundo. Nesse contexto, encontra-se Ana, personagem protagonista mulher do conto “Amor” de Clarice Lispector, a qual, em determinado momento de sua história, passa por uma epifania, ficando à deriva, isto é, no limiar do mundo novo que se apresenta diante dela. Assim, este artigo tem o objetivo de lançar luz sobre essa mulher, convocando, de um lado, os Estudos Discursivos Foucaultianos, notadamente os conceitos de discurso, sujeito e verdade conforme propõe Michel Foucault; de outro, e complementarmente, a perspectiva da literatura fora de si, a partir das discussões de Natalia Brizuela e Florencia Garramuño, de modo a aproximarmos as reflexões em torno de um corpo transgressor que nos leva a considerarmos os limites, meios e extremos presentes desde o final dos anos 60, resultando em uma literatura denominada por Brizuela como “conceitual”. A análise aponta outros possíveis caminhos para se ler a literatura contemporânea, sobretudo a escrita empreendida por mulheres.
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