Letramento dominante x vernacular e suas implicações para o ensino da literatura. DOI: 10.5212/MuitasVozes.v.2i2.0002
Palavras-chave:
ensino de literatura, letramento, escola públicaResumo
Os recentes estudos sobre letramento representam uma significativa mudança na forma como se deve compreender o fenômeno da leitura e da escrita nos mais diferentes contextos. Falar de letramento consiste em lidar com uma realidade complexa na qual vários agentes estão envolvidos e onde cada contexto requer uma nova apropriação da escrita. Nesse sentido, pode-se depreender que existem múltiplas formas de se desenvolver o letramento e a leitura literária é uma delas. Entretanto, como lembra Roxane Rojo (2009), não são todos os letramentos considerados pela cultura oficial. Isto significa que práticas de letramento locais são desvalorizadas pela cultura letrada. E o mesmo acontece com as práticas de leitura literária efetivadas pelos próprios alunos fora da escola. Baseando-se em entrevistas realizadas com 27 alunos de uma escola pública de ensino médio da cidade de Maringá -PR, observou-se que os alunos leem textos ficcionais, mas os textos por eles lidos não são considerados pela escola. Por essa razão, cria-se um desconforto em relação às aulas de literatura. Partindo do conceito de letramento literário, proposto por Zappone (2007), este trabalho pretende discutir a especificidade da leitura literária no contexto escolar, bem como examinar o choque entre os letramentos trazidos pelos estudantes e os letramentos dominantes e analisar sua consequência para o ensino de literatura.
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