O canibalismo na América retratado pelos olhos do europeu
Resumo
Ao abordarmos as questões que envolvem choques culturais e a transposição
de uma prática própria do contexto americano produzido no período da “descoberta”
da América e primeiros contatos entre os povos, para a realidade europeia da
época, não podemos nos furtar a explorar alguns cronistas que as descreveram e
realizaram representações do que entendiam estar vendo ou travando contato, ainda
que indiretamente. Para isso, adotaremos obras produzidas por Américo Vespúcio
e algumas de suas Cartas; Hernán Cortés, também com um apanhado de Cartas;
Bernal Díaz del Castillo, com Historia verdadera de la conquista de la Nueva
España, de 1568; Hans Staden e Suas viagens e captiveiro entre os selvagens do
Brasil, de 1557; e Gabriel Soares de Sousa e seu Tratado Descritivo do Brasil
em 1587. Nessa abordagem, nosso interesse é trazer à memória as formas como
reagiram os europeus frente às diferenças culturais existentes no choque entre as
culturas, especialmente frente à prática do canibalismo por parte dos autóctones,
e à forma como os europeus transmitiram, pela escrita e pelas representações
imagéticas, essas experiências a seus conterrâneos. Finalmente, realiza-se a análise
de algumas gravuras que retratam o ritual de canibalismo e que acompanhavam os
relatos produzidos pelos cronistas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Transferência de direitos autorais: Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, JÁ FICA ACORDADO QUE o autor AUTORIZA a UEPG a reproduzi-lo e publicá-lo na REVISTA MUITAS VOZES, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O ARTIGO poderá ser acessado tanto pela rede mundial de computadores (WWW - Internet), como pela versão impressa, sendo permitidas, A TÍTULO GRATUITO, a consulta e a reprodução de exemplar do ARTIGO para uso próprio de quem a consulta. ESSA autorização de publicação não tem limitação de tempo, FICANDO A UEPG responsável pela manutenção da identificação DO AUTOR do ARTIGO.