Vozes femininas silenciadas: o jornalismo literário de Svetlana Aleksiévitch como resistência à espiral do silêncio produzida pelo patriarcado
Resumo
A construção simbólica de gênero é uma das principais estratégias que ajudam a sociedade patriarcal a se perpetuar. Para isso, um sem fim de vozes femininas são silenciadas nos diferentes campos discursivos de representação social (jornalismo, ciência, cinema e outros) frente a relatos que buscam impor uma perspectiva masculina - muitas vezes distorcida - da história. Tomando o pressuposto de que apenas uma reunião de vozes femininas é capaz de quebrar essa espiral do silêncio, realizou-se a análise hermenêutica do livro “A guerra não tem rosto de mulher”, de Svetlana Aleksiévitch, marco na representação de discursos femininos sobre a Segunda Guerra (1939-1945). O objetivo foi identificar no jornalismo literário da autora estratégias de resistência à espiral que, sob novos moldes, persiste.
Palavras-chave: Jornalismo Literário. Espiral do Silêncio. Feminismo.