Paisagem agrária ao sul do Império do Brasil: pecuária, pequena agricultura e diversificação produtiva (Bagé, c.1820-1870)
Resumo
Ao longo do século XIX, o Rio Grande do Sul teve suas principais atividades econômicas ligadas à agropecuária e ao processamento de sua produção. A província se notabilizou pela criação de gado e produção de charque, que ligava a região com as áreas de economia de exportação. Durante muito tempo, a historiografia apontou para o mundo rural do extremo-sul insistindo nessa especialização, bem como em uma sociedade caracterizada pelas grandes estâncias pecuárias e pela predominância do trabalho de peões livres. Nas últimas décadas, porém, muitos estudos têm mostrado a variedade de situações existentes na província, destacando a existência de pequena e média produção agrária, uma importância inegável do trabalho escravo e as modulações importantes que ia para além da pecuária bovina. É neste último ponto que centramos o foco deste trabalho, com especial atenção para Bagé, um dos municípios mais conhecidos por sua especialização pecuária. Através de análise de inventários post mortem entre aproximadamente 1820 e 1870, bem como de outras fontes usadas de modo acessório, destacamos a existência sim da especialização na criação de gado bovino, porém também os modos específicos de sua combinação com uma variedade importante de outras atividades produtivas: agricultura de alimentos, produção de ovinos, equinos e muares.
Palavras chave: Brasil oitocentista; paisagem agrária; diversidade produtiva.
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