Cearenses "indolentes" na transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1888-1900)

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Resumo

A transição do trabalho escravo para o trabalho livre está além de ser um processo histórico simples, restrito ao preconceito com o trabalhador nacional e à vinda de imigrantes europeus. Neste artigo, demonstramos que existe uma longa disputa entre as oligarquias do Sul e as do Norte pelos trabalhadores do Ceará – os “indolentes” cearenses, como os definem na época. Ao dominarem o Estado, as oligarquias do Sul subsidiam a viagem desses trabalhadores para as fazendas de café, por intermédio da verba dos socorros públicos, que é destinada às vítimas da seca. Assim, vamos problematizar a tese do gerenciamento da população brasileira, mediante essa evidência, baseada, neste artigo, em pesquisa histórica; e, também, demonstrar que o racismo das elites é acessório a seus interesses econômicos.

 

Biografia do Autor

Edgar Braga Neto, Universidade Federal do Maranhão

Pela Universidade Federal do Ceará, possui licenciatura em História Social; bacharelado em História Social; mestrado em Sociologia; doutorado em Sociologia; e pós-doutorado em Sociologia. É professor efetivo de História da Coordenação do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas/Sociologia da Universidade Federal do Maranhão e membro do Colégio de Estudos Avançados da Universidade Federal do Ceará, atuando, especialmente, no ensino e na pesquisa nas áreas de Sociologia Rural e de História do Brasil, com ênfase em Processos Migratórios e Campesinato Brasileiro.  

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Publicado

2021-06-18

Como Citar

BRAGA NETO, E. Cearenses "indolentes" na transição do trabalho escravo para o trabalho livre (1888-1900). Revista de História Regional, [S. l.], v. 26, n. 1, 2021. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/15852. Acesso em: 22 dez. 2024.