As áreas verdes na metrópole do hinterland

parques urbanos no planejamento urbano de Goiânia nas décadas de 1930 e 1940

Autores

  • Anderson Dutra e Silva Centro Universitário de Anápolis
  • Sandro Dutra e Silva Universidade Estadual de Goiás / Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica)

Resumo

Entre as décadas de 1930 e 1940, a expansão da fronteira agrícola e demográfica no Brasil Central criou zonas produtoras de matéria-prima (hinterland) que forneciam produtos agrícolas para as tradicionais regiões “centrais” do sudeste do país. Ao mesmo tempo, o governo procurou criar centros urbanos no Brasil Central com o objetivo de integração econômica e cultural. Este artigo propõe analisar a cidade de Goiânia, a nova capital de Goiás, criada na década de 1930, e considerada pelo Estado Novo (1937-1945), com o símbolo urbano da Marcha para o oeste. Com base nos pressupostos teóricos e metodológicos da história urbana e ambiental, objetivamos analisar os projetos urbanísticos para as áreas verdes na nova capital, e as transformações desses espaços a partir da expansão fundiária do projeto original. Os resultados indicam que o urbanismo progressivo, que norteou a criação de Goiânia, perdeu força frente aos interesses do capital especulativo e o enfraquecimento econômico do governo goiano a partir da década de 1940. Essas mudanças provocaram uma redução dos espaços verdes, e ao mesmo tempo uma expansão fundiária que transformou as paisagens e o projeto original da nova capital goiana.

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Publicado

2020-12-02

Como Citar

DUTRA E SILVA, A.; DUTRA E SILVA, S. As áreas verdes na metrópole do hinterland: parques urbanos no planejamento urbano de Goiânia nas décadas de 1930 e 1940. Revista de História Regional, [S. l.], v. 25, n. 2, 2020. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/16466. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê O Brasil central: História, discursos e representações