Nupcialidade no sertão paulista, século XIX

Autores

  • Edson Fernandes

Palavras-chave:

Fronteira, nupcialidade, consanguinidade

Resumo

Este trabalho trata da nupcialidade numa área do sertão paulista - região situada entre os rios Tietê e Paranapanema - na segunda metade do século XIX. Com base em registros paroquiais e cartoriais, pôde-se verificar que o mês preferido para os casamentos era fevereiro, enquanto que aquele a ser evitado era março, padrão comum a outras localidades brasileiras. Sábado era, de longe, o dia em que mais ocorriam estas cerimônias, concentrando quase a metade delas. Sexta-feira era um dia a ser evitado. As noivas lençoenses de primeiro casamento apresentavam uma idade média comum às noivas de outras regiões do país, o mesmo não se sucedendo com os noivos. Os casamentos entre nubentes aparentados também se verificou em Lençóes, conseqüência da dispersão da população em bairros rurais, distantes do núcleo urbano e formados, em parte, por famílias. Há diferenças significativas quanto à origem dos noivos: a mobilidade espacial dos homens era maior do que a das mulheres. Boa parte destas era originária da própria freguesia/vila de Lençóes, o que não era o caso dos noivos homens.

Biografia do Autor

Edson Fernandes

Mestrando no Programa de Ãconomia, Universidade Estadual de São Paulo, Campus de Araraquara

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Publicado

2009-09-09

Como Citar

FERNANDES, E. Nupcialidade no sertão paulista, século XIX. Revista de História Regional, [S. l.], v. 14, n. 1, 2009. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2284. Acesso em: 8 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos