Os surtos de febre amarela na cidade de Paranaguá (1852-1878)
Palavras-chave:
Febre amarela, Paranaguá, epidemiasResumo
O objeto de estudo deste trabalho são os surtos de febre amarela ocorridos na cidade de Paranaguá entre os anos de 1852 (quando irrompem os primeiros casos da doença na região) e 1878, quando eclode a principal epidemia, atingindo aproximadamente 500 pessoas. Os flagelos epidêmicos geraram tensões e conflitos na população, demandando intensos esforços por parte de médicos que lá atuaram na tentativa de combater os surtos e compreender a moléstia. Este trabalho procura sistematizar um estudo até então tratado de forma muito tímida pela historiografia local. Portanto, propõe-se um avanço ao debate historiográfico ligado à saúde, à doença e às ciências no Brasil, sobretudo, meridional. Assim, problematizam-se as seguintes questões: como foram elaboradas as medidas de prevenção à doença? Quais os atores, repartições públicas e espaços de cura envolvidos nesse processo? Que estratégias foram utilizadas? Quais eram as negociações, os conflitos e as tensões vivenciadas pelos agentes históricos durante os momentos de crise epidêmica? O presente estudo abordará não apenas aspectos de ordem sanitária como também a complexa dinâmica entre práticas políticas centrais e locais, demonstrando que a febre amarela pode ser uma porta de entrada para o estudo de outros fenômenos culturais, sociais, econômicos e políticos. Espinha dorsal da economia da província, o porto de Paranaguá assumiu posição estratégica na importação de mão de obra estrangeira durante a conjuntura que marcou o fim da escravidão no Brasil. A cidade também viu surgir os primeiros espaços de cura e o desenvolvimento das primeiras iniciativas públicas de organização sanitária no Paraná. Desse modo, a análise das epidemias de febre amarela naquela cidade permite a compreensão da formação da saúde pública desse Estado.Downloads
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