Só é sujo quem quer (?) – Representações médicas na Paraíba do início do século XX
Palavras-chave:
História da Medicina, História da Paraíba, representações sociaisResumo
Neste trabalho, construímos uma narrativa possível sobre algumas representações médicas que circulavam na Paraíba do início do século XX sobre questões como saúde, doença e higiene. Nesta perspectiva, analisamos as falas de médicos como João Lopes Machado, Flávio Maroja e Acácio Pires por meio dos referencias teóricos da História Cultural, com destaque para o conceito de “representação social”. Desse modo, buscamos problematizar a construção discursiva da Paraíba como um “corpo enfermo”, cuja população era “ignorante” em matéria de saúde e higiene e que, por isso, necessitava urgentemente dos cuidados médicos. Nesse sentido, o discurso de diversos médicos defendia a submissão da sociedade às prescrições médicas e higiênicas, apresentadas como as únicas capazes de “curar” a “enferma” população paraibana e, desse modo, conduzi-la ao “progresso” e à “civilização”. Procuramos mostrar que essa tentativa de “medicalizar” a sociedade paraibana, porém, parece ter desconsiderado as subjetividades e alteridades do seu “paciente”. Essa objetivação do “outro”, operada pelo saber médico, parece estar presente nas representações médicas que reduzem a resistência de alguns paraibanos à vacinação contra a varíola à sua suposta “ignorância” em matéria de saúde e higiene.Downloads
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