Pedagogia da mística: as experiências do MST
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Neste artigo, queremos refletir sobre a pedagogia da mística enquanto espiritualidade cristã presente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. Mística que também se faz nas práticas pedagógicas e educativas do MST por meio de suas educações formal e não-formal com o intuito de fortalecer as lutas sociais desencadeadas pelo coletivo do movimento em suas várias vertentes. Dessa forma, a mística no e do MST se constitui um aphantésis (em grego: encontro) com o Deus da Vida. Esse encontro insere os sujeitos históricos do movimento na vocação permanente para “Ser Mais”, ser gente que quer brilhar e sonhar com uma nova sociedade. Neste sentido, queremos provocar reações críticas para que se possa entender as praticas do MST como um ato de misticidade que acontece no cotidiano de suas lutas e resistências.
Palavras-chave: Mística. Pedagogia. Movimento social. MST.
Abstract: In this article, we want to reflect on the Mystical Pedagogy as a Christian spirituality in the Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST (Movement of the Landless Rural Workers). We also found this Mystic in pedagogical and teaching practices of the MST by formal and non-formal education with the aim of strengthening the social struggles triggered by the movement in its various ramifications. Thus, the mystic in and of the MST constituted an aphantésis (meeting in Greek) with the God of Life. This meeting inserts the historical subjects of the movement in the permanent vocation to “Be More”, be people who want to light and dream about a new society. In this sense, we want to provoke critical reactions in order to be possible to understand the practices of the MST as a mystic acting that happens in its daily struggles and resistances.
Keywords: Mysticism. Pedagogy. Social movement. MST.
Downloads
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
Referências
ASSMANN, Hugo. Clamor dos pobres e racionalida-de econômica. São Paulo: Edições Paulinas, 1990.
BOFF, Clodovis. Como fazer teologia da libertação. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
BOFF, Leonardo. O destino do homem e do mundo. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
BOGO, Ademar. A vez dos valores.. São Paulo: MST, 1998. Caderno de Formação n. 26
CARVALHO, José Jorge de. Características do fenô-meno religioso na sociedade contemporânea. Bra-sília: UnB, 1991. Coleção Cadernos de Antropologia, n.114.
CASALDÁLIGA, Pedro. Nossa espiritualidade. São Paulo: Paulus, 1998.
CASALDÁLIGA, Pedro; VÍGIL, José Maria. Espiritua-lidade da libertação. Petrópolis: Vozes, 1995.CELAM. Conclusões da Conferência de Santo Do-mingo. São Paulo: Paulinas, 1992.
CERIOLI, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli. Como fazemos a escola de educação fundamental.. São Paulo: MST, 1999. Caderno de Educação n. 9
DUTERVIL, Camila. Mística sem terra:o co-mover da formação em movimento. Monografi a de Graduação do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, UnB, 2005.
FREI BETTO. Cotidiano e mistério. São Paulo: Olho d’água, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Ja-neiro: Paz e Terra, 1987.
GENTILI, Pablo; McCOWAN, Tristan. Reinventar a escola pública:política educacional para um novo Brasil. Petrópolis: Vozes, 2003.
GOHN, Maria da Glória. Mídia, terceiro setor e MST: impactos sobre o futuro das cidades e do campo. Pe-trópolis: Vozes, 2000.
______. Educação não-formal e cultura política. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
JUNG MO SUNG. A idolatria do capital e a morte dos pobres. São Paulo: Edições Paulinas, 1989.
MARCEL, Gabriel. Revolução da esperança. São Paulo: José Olympio, 1966.
MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto do partido co-munista. Rio de Janeiro: Garamond, 2001.
MOUNIER, Emmanuel. O Personalismo. 4. ed. Lis-boa: Martins Fontes, 1976.
______. Manifesto ao serviço do personalismo. Lis-boa: Livraria Morais, 1967.
NETO, Luiz Bezerra. Sem terra: aprende e ensina. Campinas: Autores Associados, 1999.
OFFE, Claus; LENHARDT, Gero. Problemas estru-turais do estado capitalista. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.
STÉDILE, João Pedro; FERNANDES, Bernardo Man-çano. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Perseu Abramo, 1999.