A luta do MST contra os meios de comunicação tradicionais e o auxílio do uso das TIC’s
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Os movimentos sociais contemporâneos destacam a comunicação como meio ativo de propagação de suas ideologias. Representados aqui pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), típico movimento social, engajado na luta pela terra e Reforma Agrária Popular, contra os desmandos do sistema capitalista, instituição promotora da justiça e da inclusão social de milhares de pessoas e de enfrentamento de questões como a mercantização e unilateralização dos meios de comunicação, criou e organizou um setor de comunicação eficaz. Com o aparecimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) agregaram ao seu cotidiano as ferramentas digitais disponíveis para a divulgação de suas ideias, de modo horizontal e autônomo. O método utilizado é o dedutivo, com pesquisa qualitativa de cunho teórico de revisão bibliográfica. Concluímos que o MST se apropria intimamente dos mecanismos virtuais proporcionados pela internet, criando um campo contra-hegemônico ao sistema posto e dando atenção a questão da exclusão digital.
Métricas
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
Referências
AGUIAR, J. M.; LOUREIRO, C. F. Estratégias de ação política dos movimentos sociais na era digital: o discurso socioambiental do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) na luta pela reforma agrária popular. Revista VITAS: Visões Transdisciplinares sobre Ambiente e Sociedade, n. 8, ano IV, s/p., Set./2014. Disponível em: http://lieas.fe.ufrj.br/download/artigos/Estratgias_de_ao_poltica_Janecleide_revisado.pdf. Acesso em: 28 maio 2018.
ANDRADES, T. O. de.; GANIMI, R. Revolução verde e a apropriação capitalista. CES Revista. Juiz de Fora, v.21, p. 43-56, 2007.
DOWNING, J. D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2004.
ENGELMANN, S. I.; MORIGI, V. J. El movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) y las representaciones sobre la mobilización por la reforma agraria. Jun/2017, s/p. Disponível em: http://jornadasrurales.uvq.edu.ar/media/public/Ponencia_uyaNGwZ.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.
FACEBOOK. Site. Disponível em: https://www.facebook.com/MovimentoSemTerra/?ref=br_rs. Acesso em: 28 nov. 2018.
FERNANDES, B. M. A formação do MST no Brasil. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
FERNANDES, B. M.; STÉDILE, J. P. Brava gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 3. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.
FONSECA, I. C. da. Estratégias de Comunicação do MST para se inserir na Esfera Pública. Inovcom: Revista Brasileira de Inovação Científica em Comunicação, n. 2, v. 1, p. 02-18, 2006. Disponível em:http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/inovcom/article/view/1527/1349. Acesso em: 09 ago. 2018.
FONSECA, L. M. MST, esfera pública e ciberativismo: um novo espaço para o debate. Conexões Midiáticas, n. 1, v. 1, s/p, Jul./Dez./2008. Disponível em: http://www.insite.pro.br/P%C3%A1ginas%20novas/mst_ciberativismo_milhomens.pdf. Acesso em: 15 set. 2018.
FONSECA, L. M. Ciberativismo e o MST: o debate sobre a reforma agrária na nova esfera pública interconectada.2009. 120 p.Dissertação (Mestrado em Comunicação e Culturas Midiáticas). Universidade Federal da Paraíba. Paraíba. Disponível em: http://tede.biblioteca.ufpb.br/handle/tede/4461?locale=pt_BR. Acesso em: 28 maio 2018.
FRONCHETI, A.; ZAMBERLAN, J.; Preservação do pequeno agricultor e o meio ambiente. Petrópolis: Vozes, 2001.
GOHN, M. da G. Abordagens teóricas no estudo dos movimentos sociais na América Latina. Caderno CRH. Salvador, v. 21. n. 54, p. 430-455, Set/Dez/2008a. Disponível em: file:///C:/Users/Eliane/Downloads/18982-64367-1-PB.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.
GOHN, M. da G. Novas teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Edições Loyola, 2008b.
GOHN, M. da G. Movimentos sociais e redes de mobilizações no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Vozes, 2010. Resenha de: RUBBO, D.I.A. Um link nos movimentos sociais no Brasil contemporâneo: mobilizações sociais, redes de intersecções. Caderno CRH. Salvador, v. 24, n. 62, p. 447-448, Maio/Ago./2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792011000200014. Acesso em: 20 ago. 2018.
GOHN, M. da G. Movimentos sociais e redes de mobilizações no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Vozes, 2013.
HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa: complementos y estudios previos. Madrid: Cátedra, 1997.
HABERMAS, J. Mudança Estrutural da Esfera Pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Universitário, 2003.
LAVADO, T. Uso da internet no Brasil cresce, e 70% da população está conectada. In: G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da-internet-no-brasil-cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml#:~:text=O%20n%C3%BAmero%20de%20brasileiros%20que,internet%20nas%20resid%C3%AAncias%20do%20pa%C3%ADs. Acesso em: 01 mar. 2020.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 2000.
MACHADO, A. L.; PÉRSIGO, P. M. Opinião pública, mídia e movimentos sociais: os jovens e o MST em tempos de sociedade em rede. Revista Cadernos de Comunicação. Santa Maria, v. 18, n. 2, p. 191-205, Jul/Dez/2014. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/ccomunicacao/article/view/15930. Acesso em: 20 ago. 2018.
MARTINS, H. Reconfigurações políticas e apropriação tecnológica: a relação ambivalente dos movimentos sociais com o desenvolvimento das comunicações. Congresso de ciências da Comunicação na região Nordeste, XIV, 2012, Recife, Anais [...] Recife: Faculdade Boa Viagem, 2012, s/p. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2012/resumos/R32-1535-1.pdf. Acesso em: 25 ago. 2018.MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 9. ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2012.
MST. Site. Disponível em: http://www.mst.org.br/nossa-historia/70-82. Acesso em: 15 Set 2018.
PEREIRA, H. Opinião: reforma agrária. Teoria e Debate. São Paulo, n. 18, s/p, Maio/Jun./Jul./1992. Disponível em: http://csbh.fpabramo.org.br/o-que-fazemos/editora/teoria-e-debate/edicoes-anteriores/opiniao-reforma-agraria. Acesso em: 13 set. 2018.
PERLI, F. O silêncio da imprensa e a política de comunicação do MST. In: Encontro da ANPUH -MS, XIII, 2016, Coxim. Anais [...] Coxim/MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2016, s/p. Disponível em: http://www.encontro2016.ms.anpuh.org/resources/anais/47/1479605805_ARQUIVO_TextocompletoANPUH2016.pdf. Acesso em: 13 set. 2018.
SANTOS, M. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SCHERER-WARREN, I. Dos movimentos sociais às manifestações de rua: o ativismo brasileiro no século XXI. Revista Política e Sociedade. Florianópolis, v. 13, n. 28, p. 13-34, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2014v13n28p13. Acesso em: 14 set. 2018.
SOUZA, R. B. R. de. Mídia e cenários políticos e culturais no movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST). 2006. 110p. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Estadual Paulista de Mesquita Filho. São Paulo. 2006.
TIC Domicílios. In: CETIC.BR. São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.cetic.br/pesquisa/domicilios/. Acesso em: 01 mar. 2020.
YOUTUBE. Site. Disponível em: https://www.youtube.com/results?search_query=mst. Acesso em: 28 nov. 2018.
ZARIFE, F. “Temos espaço para crescer no Brasil”, diz diretora geral do Twitter. [Entrevista disponibilizada em 23 de fevereiro de 2017, a internet]. Disponível em: http://link.estadao.com.br/noticias/empresas,temos-espaco-para-crescer-no-brasil-diz-diretora-geral-do-twitter-no-pais,70001675964. Entrevista concedida a Bruno Capelas. Acesso em: 15 set. 2018.