A luta do MST contra os meios de comunicação tradicionais e o auxílio do uso das TIC’s

Conteúdo do artigo principal

Charlene Quevedo Guareschi
Eliane Arruda Palma
Ronaldo Busnello

Resumo

Os movimentos sociais contemporâneos destacam a comunicação como meio ativo de propagação de suas ideologias. Representados aqui pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), típico movimento social, engajado na luta pela terra e Reforma Agrária Popular, contra os desmandos do sistema capitalista, instituição promotora da justiça e da inclusão social de milhares de pessoas e de enfrentamento de questões como a mercantização e unilateralização dos meios de comunicação, criou e organizou um setor de comunicação eficaz. Com o aparecimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) agregaram ao seu cotidiano as ferramentas digitais disponíveis para a divulgação de suas ideias, de modo horizontal e autônomo. O método utilizado é o dedutivo, com pesquisa qualitativa de cunho teórico de revisão bibliográfica. Concluímos que o MST se apropria intimamente dos mecanismos virtuais proporcionados pela internet, criando um campo contra-hegemônico ao sistema posto e dando atenção a questão da exclusão digital.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
GUARESCHI, C. Q.; PALMA, E. A. .; BUSNELLO, R. A luta do MST contra os meios de comunicação tradicionais e o auxílio do uso das TIC’s. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 20, p. 1–18, 2020. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.20.2013014.005. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/13014. Acesso em: 4 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Charlene Quevedo Guareschi, Universidade Federal de Santa Maria (UFSA)

Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2020), Graduada em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA/2009). Email: charleneguareschi@hotmail.com

Eliane Arruda Palma, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/2019), Graduada em Direito pela Laureate International Universities (UniRitter/2008). Email: anepalma@hotmail.com.br

 

Ronaldo Busnello, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Mestre (1995) e doutor (2003) em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduado em Direito pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1990). Professor-adjunto, em regime de dedicação exclusiva pelo Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Integrante do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Direito da UFSM (PPGD/UFSM). ronaldo.busnello@gmail.com

Referências

AGUIAR, J. M.; LOUREIRO, C. F. Estratégias de ação política dos movimentos sociais na era digital: o discurso socioambiental do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) na luta pela reforma agrária popular. Revista VITAS: Visões Transdisciplinares sobre Ambiente e Sociedade, n. 8, ano IV, s/p., Set./2014. Disponível em: http://lieas.fe.ufrj.br/download/artigos/Estratgias_de_ao_poltica_Janecleide_revisado.pdf. Acesso em: 28 maio 2018.

ANDRADES, T. O. de.; GANIMI, R. Revolução verde e a apropriação capitalista. CES Revista. Juiz de Fora, v.21, p. 43-56, 2007.

DOWNING, J. D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2004.

ENGELMANN, S. I.; MORIGI, V. J. El movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST) y las representaciones sobre la mobilización por la reforma agraria. Jun/2017, s/p. Disponível em: http://jornadasrurales.uvq.edu.ar/media/public/Ponencia_uyaNGwZ.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.

FACEBOOK. Site. Disponível em: https://www.facebook.com/MovimentoSemTerra/?ref=br_rs. Acesso em: 28 nov. 2018.

FERNANDES, B. M. A formação do MST no Brasil. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

FERNANDES, B. M.; STÉDILE, J. P. Brava gente. A trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 3. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005.

FONSECA, I. C. da. Estratégias de Comunicação do MST para se inserir na Esfera Pública. Inovcom: Revista Brasileira de Inovação Científica em Comunicação, n. 2, v. 1, p. 02-18, 2006. Disponível em:http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/inovcom/article/view/1527/1349. Acesso em: 09 ago. 2018.

FONSECA, L. M. MST, esfera pública e ciberativismo: um novo espaço para o debate. Conexões Midiáticas, n. 1, v. 1, s/p, Jul./Dez./2008. Disponível em: http://www.insite.pro.br/P%C3%A1ginas%20novas/mst_ciberativismo_milhomens.pdf. Acesso em: 15 set. 2018.

FONSECA, L. M. Ciberativismo e o MST: o debate sobre a reforma agrária na nova esfera pública interconectada.2009. 120 p.Dissertação (Mestrado em Comunicação e Culturas Midiáticas). Universidade Federal da Paraíba. Paraíba. Disponível em: http://tede.biblioteca.ufpb.br/handle/tede/4461?locale=pt_BR. Acesso em: 28 maio 2018.

FRONCHETI, A.; ZAMBERLAN, J.; Preservação do pequeno agricultor e o meio ambiente. Petrópolis: Vozes, 2001.

GOHN, M. da G. Abordagens teóricas no estudo dos movimentos sociais na América Latina. Caderno CRH. Salvador, v. 21. n. 54, p. 430-455, Set/Dez/2008a. Disponível em: file:///C:/Users/Eliane/Downloads/18982-64367-1-PB.pdf. Acesso em: 20 ago. 2018.

GOHN, M. da G. Novas teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Edições Loyola, 2008b.

GOHN, M. da G. Movimentos sociais e redes de mobilizações no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Vozes, 2010. Resenha de: RUBBO, D.I.A. Um link nos movimentos sociais no Brasil contemporâneo: mobilizações sociais, redes de intersecções. Caderno CRH. Salvador, v. 24, n. 62, p. 447-448, Maio/Ago./2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-49792011000200014. Acesso em: 20 ago. 2018.

GOHN, M. da G. Movimentos sociais e redes de mobilizações no Brasil contemporâneo. Petrópolis: Vozes, 2013.

HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa: complementos y estudios previos. Madrid: Cátedra, 1997.

HABERMAS, J. Mudança Estrutural da Esfera Pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Universitário, 2003.

LAVADO, T. Uso da internet no Brasil cresce, e 70% da população está conectada. In: G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da-internet-no-brasil-cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml#:~:text=O%20n%C3%BAmero%20de%20brasileiros%20que,internet%20nas%20resid%C3%AAncias%20do%20pa%C3%ADs. Acesso em: 01 mar. 2020.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 2000.

MACHADO, A. L.; PÉRSIGO, P. M. Opinião pública, mídia e movimentos sociais: os jovens e o MST em tempos de sociedade em rede. Revista Cadernos de Comunicação. Santa Maria, v. 18, n. 2, p. 191-205, Jul/Dez/2014. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/ccomunicacao/article/view/15930. Acesso em: 20 ago. 2018.

MARTINS, H. Reconfigurações políticas e apropriação tecnológica: a relação ambivalente dos movimentos sociais com o desenvolvimento das comunicações. Congresso de ciências da Comunicação na região Nordeste, XIV, 2012, Recife, Anais [...] Recife: Faculdade Boa Viagem, 2012, s/p. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2012/resumos/R32-1535-1.pdf. Acesso em: 25 ago. 2018.MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 9. ed. Petrópolis: Rio de Janeiro, 2012.

MST. Site. Disponível em: http://www.mst.org.br/nossa-historia/70-82. Acesso em: 15 Set 2018.

PEREIRA, H. Opinião: reforma agrária. Teoria e Debate. São Paulo, n. 18, s/p, Maio/Jun./Jul./1992. Disponível em: http://csbh.fpabramo.org.br/o-que-fazemos/editora/teoria-e-debate/edicoes-anteriores/opiniao-reforma-agraria. Acesso em: 13 set. 2018.

PERLI, F. O silêncio da imprensa e a política de comunicação do MST. In: Encontro da ANPUH -MS, XIII, 2016, Coxim. Anais [...] Coxim/MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2016, s/p. Disponível em: http://www.encontro2016.ms.anpuh.org/resources/anais/47/1479605805_ARQUIVO_TextocompletoANPUH2016.pdf. Acesso em: 13 set. 2018.

SANTOS, M. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SCHERER-WARREN, I. Dos movimentos sociais às manifestações de rua: o ativismo brasileiro no século XXI. Revista Política e Sociedade. Florianópolis, v. 13, n. 28, p. 13-34, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2014v13n28p13. Acesso em: 14 set. 2018.

SOUZA, R. B. R. de. Mídia e cenários políticos e culturais no movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST). 2006. 110p. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Estadual Paulista de Mesquita Filho. São Paulo. 2006.

TIC Domicílios. In: CETIC.BR. São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.cetic.br/pesquisa/domicilios/. Acesso em: 01 mar. 2020.

YOUTUBE. Site. Disponível em: https://www.youtube.com/results?search_query=mst. Acesso em: 28 nov. 2018.

ZARIFE, F. “Temos espaço para crescer no Brasil”, diz diretora geral do Twitter. [Entrevista disponibilizada em 23 de fevereiro de 2017, a internet]. Disponível em: http://link.estadao.com.br/noticias/empresas,temos-espaco-para-crescer-no-brasil-diz-diretora-geral-do-twitter-no-pais,70001675964. Entrevista concedida a Bruno Capelas. Acesso em: 15 set. 2018.