O atendimento à saúde das mulheres usuárias de crack e de seus filhos recém-nascidos na Maternidade de um Hospital Universitário do Rio Grande do Sul
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este artigo retrata as características do atendimento à saúde das mulheres usuárias de crack e de seus filhos recém-nascidos na Maternidade de um Hospital Universitário do Rio Grande do Sul. É um estudo qualitativo e documental, que mostra as configurações da internação hospitalar, o atendimento multiprofissional e intersetorial e a organização da alta das mulheres usuárias de crack e de seus filhos recém-nascidos. Os resultados mostram que a maioria dessas mulheres internou para assistência ao parto, e que foram realizados mais partos normais do que cesarianos. Todas as mulheres e recém-nascidos foram atendidos por equipe multiprofissional, e a intersetorialidade está expressa na articulação do atendimento de alta complexidade em saúde com os demais setores da sociedade. A organização da alta hospitalar da mulher esteve focada no acesso ao tratamento para o uso de drogas, e a do recém-nascido teve como foco sua proteção, mediante o encaminhamento ao judiciário.
Métricas
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
Referências
AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Breastfeeding and the use of human milk. Pediatrics, Itasca, v. 129, n. 3, p. 127-141, 2012. Disponível em: https://pediatrics.aappublications.org/content/pediatrics/129/3/e827.full.pdf. Acesso em: 01 jun. 2019.
BASTOS, F. I.; BERTONI, N. O cenário do consumo de crack e o Inquérito Nacional sobre Crack, 2012. In: BASTOS, F. I.; BERTONI, N. (org.). Pesquisa Nacional sobre o uso de crack: quem são os usuários de crack e/ou similares do Brasil? Quantos são nas capitais brasileiras? Rio de Janeiro: ICICT/FIOCRUZ, 2014. p. 11-22. Disponível em: https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Pesquisa%20Nacional%20sobre%20o%20Uso%20de%20Crack.pdf. Acesso em: 07 jul. 2020.
BOLZAN, L. M. Deméter, Ceres e Bacante: homogeneização da mulher que faz uso de drogas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2015.
BRASIL. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 01 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html. Acesso em: 01 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf. Acesso em: 01 jun. 2019.
BRASIL. Lei n. 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Brasília, DF: Presidência da República, 2016a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm. Acesso em: 01 maio 2018.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Ministério da Saúde. Nota Técnica n. 01/2016/MDS/MSaúde. Brasília, DF: MDS/MS, 2016b. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/bolsa_familia/nota_tecnica/nt_conjunta_01_MDS_msaude.pdf. Acesso em: 01 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.068, de 21 de outubro de 2016. Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2016c. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Portaria-2068_2016.pdf. Acesso em: 01 maio 2018.
CECÍLIO, L. C. O. As necessidades de saúde como conceito estruturante na luta pela integralidade e equidade na atenção em saúde. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. (org.). Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2006. p. 117-130.
COHEN, A.; OSORIO, R.; PAGE L. M. Substance misuse in pregnancy. Obstetrics, Gynaecology & Reproductive Medicine, [s. l.], v. 27, n. 10, p. 316-321, 2017. Disponível em: https://www.obstetrics-gynaecology-journal.com. Acesso em: 6 jul. 2020.
COSTA, S. H. M. et al. Crack: a nova epidemia obstétrica. Revista HCPA, Porto Alegre, v. 33, n. 1, p. 55-65, 2013. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/158957/001013957.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 24 abr. 2019.
MACEDO, F. S.; MACHADO, P. S. Economia moral e modelos de atenção no cuidado com gestantes que usam crack. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 40, n. 109, p. 34-46, 2016. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/sdeb/v40n109/0103-1104-sdeb-40-109-00034.pdf. Acesso em: 05 jun. 2018.
MARANGONI, S. R. et al. Perfil sociodemográfico das mulheres usuárias de álcool e outras drogas na gravidez. Uningá Review, Maringá, v. 30, n. 3, p. 19-24, 2017. Disponível em: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20170706_220949.pdf. Acesso em: 25 ago. 2019.
MARTINS, L. C. Crack e gestação: perfil e desfechos maternos e neonatais de mulheres usuárias internadas no Hospital Universitário em Jundiaí. São Paulo: Faculdade de Medicina de Jundiaí, 2017. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5943363. Acesso em: 24 abr. 2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Razões médicas aceitáveis para uso de substitutos do leite materno. Suíça: OMS, 2009. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/69938/WHO_FCH_CAH_09.01_por.pdf;jsessionid=145FBBD8F5EC081E10DD2BFB88E4B5D5?sequence=2. Acesso em: 01 jun. 2019.
PORTO, P. N. et al. Fatores associados ao uso de álcool e drogas por mulheres gestantes. Revista Rene, Fortaleza, v. 19, p. 1-7, 2018. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/31321/pdf. Acesso em: 24 abr. 2019.
RAMIRO, F. S. et al. Women crack users, pregnancy and motherhood: potential periods for health care. Psicologia: Teoria e Pesquisa, São Paulo, v. 34, n. 34, p. 1-8, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ptp/v34/0102-3772-ptp-34-e34425.pdf. Acesso em: 6 jul. 2020.
RANGEL, G. L. N. Histórias não contadas: acolhimento institucional de recém-nascidos de mulheres usuárias de drogas. 2018. Dissertação (Mestrado em Política Social) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo, 2018. Disponível em: http://200.137.65.30/bitstream/10/11110/1/tese_12843_Gediane%20L.%20Neves%20Rangel.pdf. Acesso em: 29 maio 2019.
RAYBURN, W. F. Maternal and fetal effects from substance Use. Clinics in Perinatology, [s. l.], v. 34, n. 4, p. 559-571, 2007. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0095510807000693?via%3Dihub. Acesso em: 6 jul. 2020.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Termo de Compromisso de Integração Operacional. Rio Grande do Sul: TJRS, 2009.
RIOS, A. G. O fio de Ariadne: sobre os labirintos de vida de mulheres grávidas usuárias de álcool e outras drogas. 2017. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2017. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/325079/1/Rios_ArianeGoim_M.pdf. Acesso em: 24 abr. 2019.
ROSATO, C. M. O acolhimento institucional de bebês de mães usuárias de substâncias psicoativas: violência estatal contemporânea. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO 11 & 13TH WOMEN’S WORLDS CONGRESS, 2017, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis: [s. n.], 2017. Disponível em: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1498508938_ARQUIVO_FG-Trabalhocompleto(2017).pdf. Acesso em: 24 abr. 2019.
TEIXEIRA, M. B.; ENGSTROM, E. M.; RIBEIRO, J. M. Revisão sistemática da literatura sobre crack: análise do seu uso prejudicial nas dimensões individual e contextual. Saúde Debate, Rio de Janeiro, v. 41, n. 112, p. 311-330, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v41n112/0103-1104-sdeb-41-112-0311.pdf. Acesso em: 02 set. 2019.
UNITED NATIONS. Booklet 2: Drug use and health consequences. In: UNITED NATIONS. World Drug Report 2020. Austria: United Nations, 2020. p. 1-49. Disponível em: https://wdr.unodc.org/wdr2020/field/WDR20_Booklet_2.pdf. Acesso em: 6 jul. 2020.
WRONSKI, J. L. et al. Uso do crack na gestação: vivências de mulheres usuárias. Revista de enfermagem UFPE, Recife, v. 10, n. 4, p. 1231-1239, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/11108/12577. Acesso em: 24 abr. 2019.
YIN, R. K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.