A escuta não-revitimizante de meninas vítimas de violência sexual: uma questão política de acesso à justiça

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Vanessa Nascimento Viana

Resumo

O texto analisa o impacto da Lei argentina nº 25.852, de 2003, artigo 250 bis e ter do Código Nacional de Processo Penal, primeira normativa na América do Sul sobre escuta especializada de meninas, meninos e adolescentes vítimas de violências sexuais, crescentes em escala mundial. Na análise de 27 sentenças sobre crimes sexuais, majoritariamente contra meninas, observou-se uma mudança na cultura institucional dos tribunais. No viés sociopolítico do acesso à justiça, constataram-se problemas na incorporação da norma,
como a apropriação diferenciada pelos juízes e as assimetrias enraizadas em desigualdades históricas entre homens e mulheres. Vislumbrou-se uma transição do formato jurídico tradicional ancorado no juiz, que inquere e julga para outro, de uma escuta respeitosa, não sem controvérsias, a cargo de profissionais especializados. Considerou-se que a normativa instaura um
novo paradigma de acesso à justiça para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, gatilho para consolidar nova jurisprudência sobre crimes sexuais contra meninas e mulheres.  

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Como Citar
NASCIMENTO VIANA, V. A escuta não-revitimizante de meninas vítimas de violência sexual: uma questão política de acesso à justiça. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 25, p. 1–29, 2025. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.25.23558.011. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23558. Acesso em: 20 jun. 2025.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Vanessa Nascimento Viana, Universidad Nacional de Rosário - UNR

Mestre em Estudos Políticos pela Faculdade de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Nacional de Rosário (UNR) Santa Fe/Argentina, Bacharel e Licenciada em História pela Universidade de Brasília (UnB). E-mail: nascimentovianavanessa@gmail.com.

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