Grafipar Edições: uma reação erótica à ditadura militar

Autores

  • José Carlos Fernandes Universidade Federal do Paraná
  • Agnes do Amaral Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5212/RIF.v.19.i42.0009

Resumo

Durante a primeira década da ditadura-civil militar, uma editora curitibana – a Grafipar –, de propriedade de uma família muçulmana, deixa de publicar livros de história e atlas e passa a investir no ramo de “revistas adultas”. Torna-se um polo nacional do gênero, chegando ao ápice de 49 títulos, 1,5 milhão de exemplares mês e 1,5 mil cartas/mês de leitores. Entre seus colaboradores, jornalistas malvistos pelo regime e intelectuais à esquerda, como os poetas Paulo Leminski e Alice Ruiz. Em meio aos então chamados “nus artísticos”, uma pequena de rede de intelectuais, de forma anônima, orientava a redação, num claro combate ao obscurantismo. Este artigo explora a resistência jornalística e intelectual disfarçada no conteúdo erótico. E o “lugar difícil” da qualificação desse material, que ficou à margem da chamada imprensa alternativa. Imprensa alternativa; revistas eróticas; comportamento.

Biografia do Autor

José Carlos Fernandes, Universidade Federal do Paraná

Doutor e mestre em Estudos Literários pela UFPR. Jornalista profissional. Professor do curso de Jornalismo da UFPR.

Agnes do Amaral, Universidade Federal do Paraná

Graduanda em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná

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Publicado

2021-07-02

Como Citar

FERNANDES, J. C.; AMARAL, A. do. Grafipar Edições: uma reação erótica à ditadura militar. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 19, n. 42, p. 173–193, 2021. DOI: 10.5212/RIF.v.19.i42.0009. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/19299. Acesso em: 30 nov. 2024.