Cultura popular na comunicação dos movimentos sociais:
o caso do uso da mística na comunicação do MST
DOI:
https://doi.org/10.5212/RIF.v.21.i47.0006Palavras-chave:
Cultura popular na América Latina, Comunicação do MST, Mística, Movimentos sociais na América Latina, Teologia da LibertaçãoResumo
Este artigo procura mostrar como a Teologia da Libertação, que está na gênese da formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), influi na concepção da política de comunicação do movimento por meio do uso da mística. Um dos pilares da política de comunicação do MST é a valorização e incorporação da cultura popular do camponês. Essa valorização acontece nas místicas: momentos de celebração da luta que mexem com os sentimentos dos militantes e colabora para compartilhar, entre os quadros do movimento, os avanços e conquistas dos outros setores: os da produção, da comunicação e dos da formação e educação. Mesmo com o distanciamento das instituições religiosas, a influência desses rituais permanece e acontece em diversos atos do movimento, desde as reuniões diárias, passando pelos cursos de formação, encontros e até na produção dos veículos de comunicação.
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