A TRANSPOSIÇÃO DO POEMA À CANÇÃO EM “POEMA DA MULHER SUJA”, DE ANGÉLICA FREITAS E VITOR RAMIL: COMPATIBILIDADES E OUTROS ESPAÇOS DE SÍNCRESE ENTRE TEXTO E CANÇÃO
Resumo
Este artigo objetiva analisar em que medida traços da linguagem poética compatibilizam-se e incompatibilizam-se com a linguagem musical na transposição do poema à canção “poema da mulher suja” (2022), que tem, como letra, o poema de Angélica Freitas de mesmo título, apropriado por Vitor Ramil, que, a partir disso, constrói o arranjo da canção de dupla autoria. Nesse sentido, a investigação das compatibilidades e das incompatibilidades em “poema da mulher suja”, ao perpassar os conceitos de figurativização, passionalização e tematização sugeridos por Luiz Tatit em A canção: eficácia e encanto (1986), expõe novas associações entre o componente linguístico e o musical, colocando em xeque a noção de eficácia da canção e, assim, a preservação integral do paradigma estético.
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