As contribuições da noção de resistência cotidiana para a historiografia da luta camponesa
DOI:
https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.28.22233Palavras-chave:
James Scott, Camponeses, Reforma AgráriaResumo
O presente artigo busca apresentar uma perspectiva teórica para a interpretação da resistência cotidiana dos trabalhadores sem-terra na luta pela reforma agrária. Para tanto, explora-se a noção de resistência cotidiana, desenvolvida por James C. Scott, destacando as estratégias constituídas na relação de consenso e enfrentamento ao Estado e aos grupos dominantes. A proposta do autor norte-americano é deslocar o enfoque epistemológico centrado apenas nas grandes rebeliões e protestos ocorridos no processo histórico. A teoria de Scott valoriza o cotidiano ínfimo dos grupos subordinados, direcionando o olhar para os discursos e práticas ocultas da luta prosaica como expressão política na interpretação da longa duração dos conflitos de classe.
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