As contribuições da noção de resistência cotidiana para a historiografia da luta camponesa

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.28.22233

Palabras clave:

James Scott, Camponeses, Reforma Agrária

Resumen

O presente artigo busca apresentar uma perspectiva teórica para a interpretação da resistência cotidiana dos trabalhadores sem-terra na luta pela reforma agrária. Para tanto, explora-se a noção de resistência cotidiana, desenvolvida por James C. Scott, destacando as estratégias constituídas na relação de consenso e enfrentamento ao Estado e aos grupos dominantes. A proposta do autor norte-americano é deslocar o enfoque epistemológico centrado apenas nas grandes rebeliões e protestos ocorridos no processo histórico. A teoria de Scott valoriza o cotidiano ínfimo dos grupos subordinados, direcionando o olhar para os discursos e práticas ocultas da luta prosaica como expressão política na interpretação da longa duração dos conflitos de classe.

Biografía del autor/a

Douglas Menezes de Oliveira, UEMS

Doutor em História pela UNIOESTE

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Publicado

2023-08-29

Cómo citar

OLIVEIRA, D. M. de. As contribuições da noção de resistência cotidiana para a historiografia da luta camponesa. Revista de História Regional, [S. l.], v. 28, 2023. DOI: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.28.22233. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/22233. Acesso em: 20 may. 2024.