Estado e conflitos pela terra no Brasil: o caso do confronto entre Araupel e o Movimento Sem Terra (MST)

Autores

  • Wilson Silva Júnior Universidade Estadual de Ponta Grossa https://orcid.org/0000-0003-1604-5361
  • Márcio Ornat Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Edson Armando Silva Silva Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.29.23310

Palavras-chave:

Conflito pela Terra, Movimento Sem Terra (MST), Política de Terras, Estado, Araupel

Resumo

Resumo: Este artigo tem como objetivo compreender as diferentes posições políticas desempenhadas pelo Estado na dinâmica do conflito pela terra entre a Araupel e o Movimento Sem Terra (MST). Foram investigados sete processos cíveis disponibilizados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), cujo material foi analisado por meio da metodologia de Bardin (1977) e Silva e Silva (2016). Para compreensão da temporalidade das ações entre os agentes envolvidos no conflito foi utilizada a técnica de elaboração de linha do tempo. Os resultados encontrados evidenciam que num primeiro momento o conflito era mediado por agentes da esfera local com apoio das elites regionais. Posteriormente, com a entrada do INCRA no conflito pelas terras em um contexto de transformação de políticas fundiárias, as relações de forças entre a empresa e os movimentos sociais foram alteradas, possibilitando uma resolução dos conflitos com a implantação dos assentamentos rurais na área.
Palavras-chave: Conflito pela Terra, Movimento Sem Terra (MST), Política de Terras, Estado, Araupel.

Biografia do Autor

Wilson Silva Júnior, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Paraná, especialização em Geografia e Planejamento Regional e mestrado em Ciências Sociais Aplicadas, ambos pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.É pesquisador no grupo de pesquisa GETE (Grupo de Estudos Territoriais) da Universidade Estadual de Ponta Grossa e trabalha como consultor na área de regularização fundiária e montagem de cadeias dominiais georreferenciadas. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Análise Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: participação popular, gestão, espaço urbano, planejamento / mapeamento, sistema financeiro, território gestão pública, maquete / planejamento e plano de governo, geoprocessamento e Sistemas de Informações Geográficas em software livre. Doutorando em Geografia pela UEPG.

Márcio Ornat, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Pós-Doutor em Geografia (Universitat Autònoma de Barcelona - 2016). Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (UFRJ - 2011). Mestre em Gestão do Território pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (UEPG - 2008). Licenciado em Geografia e Bacharel em Geografia (UEPG - 2005). Bacharel em Teologia (Claretiano - 2020). Geógrafo (CREA PR n 197154/D). É professor Associado no Departamento de Geociências (UEPG) e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO - UEPG). É coordenador do Grupo de Pesquisa GeoCidades. Foi membro da Equipe Técnica responsável pela Elaboração do Plano Diretor Participativo do Município de Palmeira - PR (Decreto Municipal n 5.242, de 14/08/2006), é Coordenador da Equipe Técnica da UEPG para a Revisão do Plano Diretor Participativo do Município de Cerro Azul - PR (Portaria Municipal n 917 / 2021) e Coordenador da Equipe Técnica para a Revisão do Plano Diretor Participativo do Município de Doutor Ulysses - PR (Decreto Municipal n 93, de 19/04/2023). Coordenador do Projeto de Prestação de Serviço Extensionista "Assessoria na construção de projetos de desenvolvimento urbano e regional dos municípios com IDH Médio e Baixo no Estado do Paraná, por meio da elaboração / revisão de seus Planos Diretores Participativos". Como coordenador do Laboratório de Planejamento Urbano e Regional, do Departamento de Geociências da UEPG, tem desenvolvido atividades de pesquisa e extensão vinculadas as seguintes temáticas: (1) Elaboração de Planos Diretores Municipais; (2) Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Regional; (3) Participação Popular na Elaboração de Planos Diretores Municipais.

Edson Armando Silva Silva, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1985), mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná (1993) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2000). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual de Ponta Grossa. É editor da Revista de História Regional e membro do conselho editorial das revistas: Revista Terr@Plural, Emancipação (UEPG) e Publicatio UEPG (Ponta Grossa). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: história cultural, identidades, história da igreja, história regional e religiosidade. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8519-2010

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Publicado

2024-11-19

Como Citar

SILVA JÚNIOR, W. .; ORNAT, M. .; SILVA, E. A. S. Estado e conflitos pela terra no Brasil: o caso do confronto entre Araupel e o Movimento Sem Terra (MST). Revista de História Regional, [S. l.], v. 29, 2024. DOI: 10.5212/Rev.Hist.Reg.v.29.23310. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23310. Acesso em: 30 dez. 2024.