A CIDADANIA DO LOUCO: IDAS E VINDAS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA

Autores

  • Lucimar Aparecida Garcia Coneglian UEPG e Cescage
  • Fátima Gonçalves Cavalcante

Resumo

Este trabalho objetiva articular, em perspectiva histórica, o constructo cidadania da pessoa com transtorno mental e seus diferentes matizes. Trata-se de um estudo teórico resgatando os modos de cuidado asilar e psicossocial. O status de doença dado à loucura por Pinel no século XVIII permitiu um outro lugar para esses sujeitos que passaram, na condição de doente, a terem sequestrados seus direitos e desejos pelo saber/poder psiquiátrico, com a instituição do asilo como lugar social da loucura e o asilamento como modo de cuidado.  A Reforma Psiquiátrica brasileira, ainda que uma construção histórica, apresenta acontecimentos inaugurais datados na década de 1980, tem a cidadania como núcleo duro e traz o modo psicossocial como perspectiva cidadã de cuidado. Muitos foram os dispositivos implantados objetivando reverter o paradigma asilar, e recentemente, normativas tem mostrado claramente um projeto de retrocesso. Assim, as pessoas com transtorno mental, consideradas como ‘novos sujeitos’ de direitos, na perspectiva da Lei 10.216/2001, ainda carecem dos ‘velhos direitos’.

Palavras-chave: Reforma Psiquiátrica; Cidadania; Pessoa com Transtorno Mental; Saúde Mental; Loucura; CAPS.

Biografia do Autor

Lucimar Aparecida Garcia Coneglian, UEPG e Cescage

 

 

Fátima Gonçalves Cavalcante

Psicóloga; Professora colaboradora do Doutorado em Ciências Sociais Aplicadas da UEPG e do Mestrado e Doutorado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida/RJ; Doutorado e Pós-doutorado em Saúde Pública (ENSP).Pós-doutorado em Antropologia (Museu/UFRJ).

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Publicado

2019-04-01

Como Citar

CONEGLIAN, L. A. G.; GONÇALVES CAVALCANTE, F. A CIDADANIA DO LOUCO: IDAS E VINDAS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA. Publicatio UEPG: Ciências Sociais Aplicadas, [S. l.], v. 26, n. 3, p. 312–327, 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/sociais/article/view/12839. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Direitos Humanos e Políticas de Saúde