Territórios simbólicos e de resistência na cidade: grafias da pichação e do grafite
Resumo
Este artigo investiga grafites e pichações enquanto demarcadores de territórios de resistência nas cidades. Parte de uma discussão conceitual sobre o que significa grafite e pichação e, em especial, sua inter-relação com a geografia através do conceito de território e seu desdobramento em manifestações simbólicas/culturais e de resistência. Metodologicamente, analisamos algumas fotos tiradas em cidades do Brasil e do Paraguai, buscando pensá-las como grafias da contra-oficialidade, da contra-formalidade, da contra-padronização em muros e linhas retas, e da contra-hegemonia. Nessa direção, sugerimos o grafite e a pichação enquanto marcas e expressões culturais político-simbólicas que podem também ser de contra-poder, de resistência à ordem estabelecida pelos governos e/ou atores hegemônicos da cidade. É imprescindível compreender nos “discursos” grafados na cidade, que o território também pode ser construído como parte da cena simbólica e de contra-poder de sujeitos e/ou grupos que se opõem a “sociedade” dos muros brancos e das cercas de choque.Downloads
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