Análise dos fatores de erodibilidade e declividade na sub-bacia hidrográfica do rio Gurgueia, Piauí - Brasil

Autores

Palavras-chave:

Erodibilidade, Declividade, Bacia hidrográfica, Manejo do solo

Resumo

A degradação dos solos ocasionada pela erosão é um dos maiores problemas ambientais. Objetiva-se analisar os fatores de erodibilidade, declividade na sub-bacia hidrográfica do rio Gurgueia-Piauí (BHRG). Utilizou-se do Sistema de Informações Geográfica (SIG) QGIS e do ArcGIS para a elaboração de mapas temáticos. A declividade média resultou como suave ondulado (42,1%), em plano (27,8%) e ondulado a forte ondulado (19,9%) em toda a extensão da sub-bacia. A erodibilidade resultou em muito alta (41%) principalmente nos setores com predomínio de solos do tipo Neossolos Quartzarênicos, em média (7,1%) na região Sul e Sudoeste e baixa (51,1%) da área associada ao solo do tipo Latossolo Amarelo Distrófico. A expansão do agronegócio de grãos associada ao manejo inadequado do solo em áreas suscetíveis a erosão na BHRG pode comprometer a sustentabilidade ambiental, social e econômica a longo prazo, sendo importantes técnicas agrícolas adequadas do solo para otimizar seu uso e capacidade sustentável de produção.

Biografia do Autor

Livania Norberta Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Pós doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Piauí (2019); Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2017). Fez doutorado Sanduíche em Geografia na Universidade de Coimbra (2017). É Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Piauí (2011). Possui Graduação em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal do Piauí (2008). É integrante do Grupo de Estudos Geodiversidade, Patrimônio Geomorfológico e Geoconservação (GEOCON/UFPI); e no Grupo de Pesquisa Estudos Integrados em Bacias Hidrográficas (IFMA); É professora Formadora do CEAD-UFPI (2018). Faz parte do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis)MEC. Coordenou o Curso de Licenciatura em Geografia da Faculdade de Educação São Francisco-FAESF (2012-2013). Coordenou o TCC na Faculdade de Educação São Francisco-FAESF (2013). Atua principalmente na área da educação e pesquisa, nos seguintes temas: Desenvolvimento e Meio Ambiente, Vulnerabilidade socioambiental, Bacias Hidrográficas, Desenvolvimento Sustentável, Impactos ambientais urbanos e rurais, Gestão ambiental, Ordenamento territorial e Educação Ambiental.

Cláudia Maria Sabóia Aquino, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Geografia pela Universidade Federal do Piauí (1999), mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (2002) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de sergipe (2010). Atualmente é professora Adjunta da Universidade Federal do Piauí, onde atua na pesquisa e no ensino de graduação e pós-graduação (Programa de Pós-Graduação de Geografia da UFPI), em disciplinas e temas relacionados à Geografia Física. É Editora-chefe da Revista eletrônica EQUADOR e Líder do Grupo de Pesquisa Geodiversidade, patrimônio Geomorfológico e Geoconservação (GEOCON). Coordena juntamente com o professor Dr. Gustavo Souza Valladares o Grupo de Pesquisa GEOGRAFIA FÍSICA. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Análise Ambiental. Tem interesse nos temas: Ensino em Geografia Física, Geodiversidade, Patrimônio Geológico e Geomorfológico, Geoconservação, Bacia hidrográfica, Desertificação e planejamento ambiental.

Referências

Aquino, C. M. S. de. & Oliveira, J. G. B. de. (2017). Estimativa do fator erodibilidade (K) das associações de solos do Estado Piauí descritas em Jacomine (1986). GEOTemas, Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, Brasil, 7(1): 26-36

Bertol, I., Schick, J., Batistela, O., Leite, D., & Amaral, A. J.. (2002). Erodibilidade de um cambissolo húmico alumínico léptico, determinada sob chuva natural entre 1989 e 1998 em Lages (SC). Revista Brasileira de Ciência do Solo, 26(2), 465-471. https://doi.org/10.1590/S0100-06832002000200020

Bandeira, E. G., Alves, C. M. D., Melo, L. F. DE S.(2010). Análise temporal por imagens landsat da expansão da fronteira agrícola no município Bom Jesus-PI. III Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/323548266_Analise_Temporal_por_Imagens_Landsat_da_Expansao_da_Fronteira_Agricola_no_Municipio_Bom_Jesus-PI

Bertoni, J. & Lombardi Neto, F. (2012). Conservação do solo. 8. ed. São Paulo: Ícone,355p.

Bertol, I., Schick,J., Batistela, O., Leite, D., Santos, G.G., Griebeler, N.P., & Oliveira, L.F.C. (2010). Chuvas intensas relacionadas à erosão hídrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 14(2):115-123. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-43662010000200001

Bocuti,E. D., Amorim, R. S. S., Santos, T. G. dos., Raimo, L. A. D. L., & Pereira, H. G. (2019). Erodibilidade entressulcos e sua relação com atributos de solos do Cerrado. Revista de Ciências Agrárias, 42(1): 68-78. Doi:: https://doi.org/10.19084/RCA18130

Brasil. Ministério do Meio Ambiente.(2006). Caderno da região hidrográfica do Parnaíba. Brasília: Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Recuperado de https://www.mma.gov.br/estruturas/161/_publicacao/161_publicacao03032011023025.pdf

Brasil. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Novo código florestal brasileiro. Recuperado de https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12651-25-maio-2012-613076-normaatualizada-pl.pdf

Crepani, E., Medeiros, J. S., Hernandez Filho, P., Florenzano, T. G., Duarte, V. & Barbosa, C. C. F. (2001). Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Aplicados ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Ordenamento Territorial. São José dos Campos: INPE, Recuperado de http://www.dsr.inpe.br/laf/sap/artigos/CrepaneEtAl.pdf

Claudino,W. V., Silva, E. P. da., Caioni,C., Silva, A. C. S. da. & Oliveira, A. S. de. (2018). Adequação de modelo a susceptibilidade à erosão de solos no âmbito de microbacia na borda sul-amazônica. Revista de Ciências Agroambientais. 16(2), Recuperado de https://periodicos.unemat.br/index.php/rcaa/article/view/2770

Coe, M.T., Latrubesse, E.M., Ferreira, M.E. & Amsler, M.L. (2011) The effects of deforestation and climate variability on the streamflow of the Araguaia river, Brazil. Biogeochemistry.105: 119-31. doi.org/10.1007/s10533-011-9582-2

Comino, J.R., Iserloh, T., Lassu, T., Cerdà, A., Keestra, S.D., Prosdocimi, M...& Ries, J.B. (2016). Quantitative comparison of initial soil erosion processes and runoff generation in Spanish and German vineyards. Sci Total Environ. 565:1165-74. doi.org/10.1016/j.scitotenv.2016.05.163

Dotterweich, M. (2013). The history of human-induced soil erosion: Geomorphic legacies, early descriptions and research, and the development of soil conservation - A global sinopsis. Geomorphology. 201:1-34. https://doi.org/10.1016/j.geomorph.2013.07.021

EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Solos. (2009). Sistema brasileiro de classificação de solos. – Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI. Recuperado de https://www.embrapa.br/solos/sibcs

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja -CNPSO. (2010). Exigências Climáticas para a Cultura da Soja. Disponível em: Acesso em: 18 de junho de 2002. Recuperado de https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/444467/1/14.pdf

França, L. C. de J.; Rocha, S. J. S. S. da. Lisboa, G. DOS S.; Silva, J. B. L. da; Fonseca, B. S. F. da. (2016). Áreas de encostas prioritárias à conservação na bacia hidrográfica do rio Gurguéia, Piauí, Brasil. Anais do Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC. Recuperado de https://www.confea.org.br/sites/default/files/uploads-imce/contecc2016/agronomia/%C3%A1reas%20de%20encostas%20priorit%C3%A1rias%20%C3%A0%20conserva%C3%A7%C3%A3o%20na%20bacia%20hidrogr%C3%A1fica%20do%20rio%20gurgu%C3%A9ia%2C%20piau%C3%AD%2C%20brasil.pdf

Gross, J. A., Santos, F. C. dos. & Pereira Filho,W. (2016). Uso e cobertura da terra em função das declividades do terreno da área de captação do reservatório Ernestina-RS. Geografia em questão. 09(01): 60-74. Recuperado dehttp://e-revista.unioeste.br/index.php/geoemquestao/article/view/13382/9600 .

Grecchi, R.C., Gwyn, Q.H.J., Bénié, G.B., Formaggio, A.R. & Fahl, F.C. (2014) Land Use and Land Cover changes in the Brazilian Cerrado: A Multidisciplinary Approach to Asses the Impacts of Agricultural Expansion. Applied Geography, 55: 300-312. https://doi.org/10.1016/j.apgeog.2015.01.017

Governo do Piauí. (2016). Caracterização bacia do Rio Gurguéia. Recuperado de http://www.ccom.pi.gov.br/download/GURG.pdf

Guerra, A. J. T. & Cunha, S.B. da. (1995). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 2.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 472 p.

Infraestrutura Nacional de dados Especiais. Mapa de Solos da Folha SB.24 - Jaguaribe. Recuperado de http://www.visualizador.inde.gov.br/

IBGE. Levantamento sistemático da produção agrícola. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/agricultura-e-pecuaria/9201-levantamento-sistematico-da-producao-agricola.html?=&t=o-que-e

IBGE.(2013). Manual Técnico de Uso da Terra. Número 7, 3a edição. Rio de Janeiro, Recuperado de https://pt.scribd.com/document/170423586/MANUAL-TECNICO-DE-USO-DA-TERRA

IFAD - International Fund for Agricultural Development. (2014). The Rural Poverty Report. Rome. In: Leon, J.; Osorio, N. Role of litter turnover in soil quality in tropical degraded lands of Colombia. Science World Journal, Kadume, 13:1-11, Doi: 10.1155/2014/693981

Jacomine, P.K.T. (1983). Mapa exploratório-reconhecimento de solos do estado do Piauí. Convênio EMBRAPA/SNLCS-SUDENE-DRN.

Lahsen, M., Bustamante, M.M.C. and Dalla-Nora, E.L. (2016). Undervaluing and Overexploiting the Brazilian Cerrado at Our Peril. Environment : Science and Policy for Sustainable Development , 58, 4-15. https://doi.org/10.1080/00139157.2016.1229537

Lepsch, I.F. (2002). Formação e conservação dos solos, São Paulo: Oficina de Textos.

Mannigel, A.R., Carvalho, M.P., Moreti, D. & Medeiros, L.R. (2002). Fator erodibilidade e tolerância de perda dos solos do Estado de São Paulo. Acta Scientiarum, Maringá, 24(5), p. 1335-1340, Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/266607044_Fator_erodibilidade_e_tolerancia_de_perda_dos_solos_do_Estado_de_Sao_Paulo

Mhazo, N., Chivenge, P. & Chaplot, V. (2016). Tillage impact on soil erosion by water: discrepancies due to climate and soil characteristics. Agric Ecosyst Environ. 230, 231-41 Doi https://doi.org/10.1016/j.agee.2016.04.033

Morais, R. C. de & Sales, M.C.L. (2017). Estimativa do Potencial Natural de Erosão dos Solos da Bacia Hidrográfica do Alto Gurguéia, Piauí-Brasil, com uso de Sistema de Informação Geográfica. Caderno de Geografia, 27(1), Doi: https://doi.org/10.5752/p.2318-2962.2017v27nesp1p84

Morais, R. C. DE S. (2018). Contribuição metodológica para a elaboração do diagnóstico físico-conservacionista (dfc) em bacias hidrográficas: aplicação na bacia do alto Gurgueia, Piauí (BRASIL). (Tese de doutorado). Universidad Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil. Recuperado de http://www.repositorio.ufc.br/ri/handle/riufc/19219

Periçato,A. J. & Souza,M. L. de. (2019). O Estudo da Fragilidade Potencial e Emergente na Bacia Hidrográfica do Rio das Antas, Noroeste do Paraná. Caderno de Geografia, 29(59), https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2019v29n59p1064

OECD/Food and Agriculture Organization of the United Nations. (2015). Brazilian Agriculture: Prospects and Challenges. In: OECD/Food and Agriculture Organization of the United Nations, OECD FAO Agricultural Outlook, OECD Publishing, Paris. Recuperado de https://www.oecd-ilibrary.org/agriculture-and-food/oecd-fao-agricultural-outlook-2015/brazilian-agriculture-prospects-and-challenges_agr_outlook-2015-5-en

Oliveira, F. F. & Araujo, R. da C.de. (2018) Uso de parâmetros geotécnicos como indicadores da erodibilidade de solos. IN: Geotecnia.142 – março/marzo/march. ISSN 0379-9522 – Depósito Legal em Portugal: 214545/04. Recuperado de https://semsig.org/revista-geotecnia/geotecnia-142/

Oliveira, L. N. de., Aquino, C.M.S. (2019). Dinâmica temporal do uso e cobertura da Terra Na Fronteira agrícola do MATOPIBA: análise na sub-bacia hidrográfica do rio Gurgueia-Piauí. Revista Equador (UFPI), 9(1), 317 – 333. Recuperado de https://revistas.ufpi.br/index.php/equador/article/view/9461/5648

Oliveira, L. N. de; Aquino, Cl. M. S. de. (2020). Propriedades térmicas do solo na sub-bacia hidrográfica do rio Gurguéia-Piauí-Brasil. Entre-Lugar, 10 (20): 85-101, mar. 2020. doi:https://doi.org/10.30612/el.v10i20.10501 .

Piauí. Bacia do rio Gurgueia. (2010). Recuperado de http://www.ccom.pi.gov.br/download/GURG.pdf.

Rodrigues, I. (2018). Fragilidade a erosão hídrica no município de Sananduva-RS com base na relação entre declividade, uso e cobertura da terra e processos erosivos. (Dissertação de mestrado), Universidade Federal de Santa Maria-RS,, 123p. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/handle/1/15178

Santos, F. de A. dos; Aquino,C. M. S. de. Mapeamento e análise da fragilidade pedológica das unidades geoambientais, em Castelo do Piauí e Juazeiro do Piauí, Nordeste, Brasil. ACTA Geográfica, Boa Vista, Ed. Esp. V CBEAGT, 2016. p.15-26. DOI: http://dx.doi.org/10.5654/acta.v0i0.3743

Santos, F. de A. dos. (2019). Diagnóstico Ambiental a partir da Declividade, Erosividade, Erodibilidade e o Índice SAVI no Semiárido Piauiense: estudo de caso no município de Juazeiro do Piauí. Geografia (Londrina), 28(2): 27-39. Doi: http://dx.doi.org/10.5433/2447-1747.2019v28n2p27

Sousa, G. B. de., Campos, L. P.; Silva Júnior,J. F. da; Guimarães, G. S. C. (2018). Parâmetros físico-químicos das águas da bacia do Rio Gurguéia- PI. Revista Brasileira de Gestão Ambiental (Pombal - PB – Brasil), 12(1), 01-06, Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RBGA/article/view/5653/4867

Van Pham, L. & Smith, C.(2014). Drivers of agricultural sustainability in developing countries. Environment Systems and Decisions, New York, 34,326–341. Doi https://doi.org/10.1007/s10669-014-9494-5

United States Geological Service (Serviço Geológico dos Estados Unidos). Digital elevation: SRTM 1 Arc-Second Global. 2019. Recuperado de http://earthexplorer.usgs.gov/

______. Collection: landsat archive.http://earthexplorer.usgs.gov/

Downloads

Publicado

2021-03-31

Como Citar

OLIVEIRA, L. N.; AQUINO, C. M. S. Análise dos fatores de erodibilidade e declividade na sub-bacia hidrográfica do rio Gurgueia, Piauí - Brasil. Terr@ Plural, [S. l.], v. 15, p. 1–14, 2021. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/16655. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos