Avaliação em escala regional da geodiversidade da Aglomeração Urbana do Sul e seus municípios, litoral do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

Palavras-chave:

AUSul, Índice de geodiversidade, Planície Costeira, Planalto Sul-Rio-Grandense, Geoconservação

Resumo

O objetivo deste estudo foi a realização de uma avaliação em escala regional da geodiversidade da Aglomeração Urbana do Sul (AUSul), litoral do Rio Grande do Sul, e de seus municípios constituintes, através de um índice de geodiversidade e da ocorrência e distribuição de seus elementos na região. Tem-se mostrado importante a compreensão das relações entre componentes abióticos e destes com o sistema natural, principalmente em zonas costeiras e áreas densamente ocupadas, como aglomerações urbanas, podendo subsidiar políticas de conservação, preservação e desenvolvimento regional sustentável. Para construção do índice, foram definidos qualitativamente os elementos abióticos considerados mais relevantes para as características da região e a disponibilidade de dados compatíveis com a escala 1:250.000. Posteriormente, os mesmos foram tratados com métodos de álgebra de mapas, resultando nos mapas dos subíndices relativos à geologia, topografia e geomorfologia, hidrografia e solos por município, e o índice de geodiversidade de cada município e da região. Os resultados indicam os municípios situados no Planalto Sul-Rio-Grandense e na interface com a Planície Costeira com os maiores índices, sendo influenciados pela maior diversidade de unidades geológicas, tipos de relevo, variações altimétricas e de feições hidrográficas. Apesar da significativa ocorrência de grandes áreas úmidas nos municípios da Planície Costeira, seus índices foram os mais baixos. O estudo mostrou-se útil para o entendimento da geodiversidade da AUSul, apontando áreas para estudos em escalas maiores e macrozoneamentos, além da necessidade de complementação com métodos que incorporem características subjetivas da geodiversidade.

Referências

Barboza, E.G., Rosa, M.L.C.C., & Ayup-Zouain, R.N. (2008). Cronoestratigrafia da Bacia de Pelotas: Uma revisão das sequências deposicionais. Gravel, 6(1), 125–138. Recuperado de http://www.ufrgs.br/gravel/portugues/publica.htm

Brilha, J.B.R., Gray, M., Pereira, D.I., & Pereira, P. (2018). Geodiversity: An integrative review as a contribution to the sustainable management of the whole of nature. Environmental Science and Policy, 86, 19–28. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.envsci.2018.05.001

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. (2006). Mapa Geológico do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CPRM. 1:750.000. Recuperado de http://www.cprm.gov.br/publique/media/geologia_basica/cartografia_regional/mapa_rio_grande_sul.pdf

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. (2008). Geodiversidade do Brasil: conhecer o passado, para entender o presente e prever o futuro. Rio de Janeiro: CPRM. Recuperado de http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/1210

Cunha, N.G. (1997). Caracterização dos solos de São José do Norte, Tavares e Mostardas—RS (No 7/94; Documentos CPACT). Pelotas, RS: EMBRAPA/CPACT, Editora UFPel. Recuperado de http://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=ad&id=738485&biblioteca=vazio&busca=738485&qFacets=738485&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1

Cunha, N.G., & Silveira, R.J.C. (1996a). Estudo dos solos do município de Capão do Leão (No 11/96; Documentos CPACT). Pelotas, RS: EMBRAPA/CPACT, Editora UFPel. Recuperado de https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/739871

Cunha, N.G., & Silveira, R.J.C. (1996b). Estudo dos solos do município de Pelotas (No 12/96; Documentos CPACT). Pelotas, RS: EMBRAPA/CPACT, Editora UFPel. Recuperado de https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/739840

Cunha, N.G., Silveira, R.J.C., & Severo, C.R.S. (1996). Estudo dos solos do município de Rio Grande (No 16/96; Documentos CPACT). Pelotas, RS: EMBRAPA/CPACT. Editora UFPel. Recuperado de https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/737762

Davidovich, F.R., & Lima, O.M.B. (1975). Contribuição ao estudo de aglomerações urbanas no Brasil. Revista Brasileira de Geografia, 37(1), 50–84. Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1975_v37_n1.pdf

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. (2006). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SiBCS (2o ed). Rio de Janeiro: EMBRAPA/SPI. Recuperado de https://www.embrapa.br/solos/sibcs

Galvão, M.V., & Faissol, S. (1969). Divisão regional do Brasil. Revista Brasileira de Geografia, 31(4), 179–218. Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=7115

Gray, M. (2008). Geodiversity: Developing the paradigm. Proceedings of the Geologists’ Association, 119(3–4), 287–298. Recuperado de https://doi.org/10.1016/S0016-7878(08)80307-0

Gray, M. (2013). Geodiversity: Valuing and conserving abiotic nature (2o ed). Chichester, Reino Unido: Wiley-Blackwell.

Gruber, N.L.S., Barboza, E.G., & Nicolodi, J.L. (2003). Geografia dos sistemas costeiros e oceanográficos: subsídios para gestão integrada da zona costeira. Gravel, 1(1), 81–89. Recuperado de https://www.ufrgs.br/gravel/portugues/publica.htm

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (1972). Divisão do Brasil em regiões funcionais urbanas. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=213622

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2008). Regiões de Influência das Cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=240677

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019a). Bases Cartográficas Contínuas - Brasil (Versão 2019). Recuperado de https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/bases-cartograficas-continuas/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019b). Estimativas da População. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=o-que-e

Lei Complementar no 11.876, de 6 de dezembro de 2002, Altera disposições da Lei Complementar no 9.184, de 26 de dezembro de 1990, revoga a Lei Complementar no 10.816, de 15 de julho de 1996, transforma a Aglomeração Urbana de Pelotas em Aglomeração Urbana do Sul agregando novos Municípios a esta, e dá outras providências. Recuperado de http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repLegisComp/Lec%20n%C2%BA%2011.876.pdf

Lei no 7.661, de 16 de maio de 1988, Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7661.htm

Lei no 13.089, de 12 de janeiro de 2015, Institui o Estatuto da Metrópole, altera a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e dá outras providências. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13089.htm

Manosso, F.C., & Nóbrega, M.T. (2015). Calculation of Geodiversity from Landscapes Units of the Cadeado Range Region in Paraná, Brazil. Geoheritage, 8(3), 189–199. Recuperado de https://doi.org/10.1007/s12371-015-0152-1

Moreno, J.A. (1961). Clima do Rio Grande do Sul. Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul, 11, 49–83. Recuperado de https://revistas.fee.tche.br/index.php/boletim-geografico-rs/article/view/3236

Riley, S.J., DeGloria, S.D., & Elliot, R. (1999). A Terrain Ruggedness Index That Quantifies Topographic Heterogeneity. Intermountain Journal of Sciences, 5(1–4), 23–27. Recuperado de https://download.osgeo.org/qgis/doc/reference-docs/Terrain_Ruggedness_Index.pdf

Rodrigues, S.C., & Bento, L.C.M. (2018). Cartografia da geodiversidade: Teorias e métodos. In J.T. Guerra & M.C.O. Jorge. Geoturismo, geodiversidade e geoconservação: abordagens geográficas e geológicas (p. 128–162). São Paulo: Oficina de Textos.

Rossetti, D.F. (2008). Ambientes costeiros. In T.G. Florenzano. Geomorfologia: Conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos.

Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, & Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler. (2018). Base Cartográfica do Rio Grande do Sul, Escala 1:25.000 - BCRS25 (Versão 1.0). Recuperado de http://ww2.fepam.rs.gov.br/bcrs25/

Serrano, E., & Ruiz-Flaño, P. (2007a). Geodiversity: Concept, assessment and territorial aplication. The case of Tiermes-Caracena (Soria). Boletín de la AGE, 45, 389–393. Recuperado de https://bage.age-geografia.es/ojs/index.php/bage/article/view/655

Serrano, E., & Ruiz-Flaño, P. (2007b). Geodiversity. A theoretical and applied concept. Geographica Helvetica, 62(3), 140–147. Recuperado de https://doi.org/10.5194/gh-62-140-2007

Sharples, C. (1995). Geoconservation in forest management—Principles and procedures. Tasforests, 7, 37–50. Recuperado de https://eprints.utas.edu.au/11753/

Tomazelli, J.L., & Villwock, J.A. (2000). O Cenozóico Costeiro do Rio Grande do Sul. In M. Holz & L.F. de Ros. Geologia do Rio Grande do Sul (p. 375–406). Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Zwolinski, Z., Najwer, A., & Giardino, M. (2018). Methods for assessing geodiversity. In E. Reynard & J.B.R. Brilha. Geoheritage: Assessment, protection and management (p. 27–52). Amsterdã, Países Baixos: Elsevier.

Downloads

Publicado

2022-02-17

Como Citar

PORTO, D. T. Avaliação em escala regional da geodiversidade da Aglomeração Urbana do Sul e seus municípios, litoral do Rio Grande do Sul, Brasil. Terr@ Plural, [S. l.], v. 16, p. 1–18, 2022. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18130. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos