Estrutura e composição em fisionomias campestres setentrionais do Sul do Brasil

Autores

  • Anna Luiza Pereira Andrade Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4054-4526
  • Marco Antonio de Assis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, SP - Brasil
  • Marta Regina Barrotto do Carmo Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG https://orcid.org/0000-0002-4426-0029

DOI:

https://doi.org/10.5212/TerraPlural.v.17.2322248.014

Palavras-chave:

fitossociologia, campo seco, campo com afloramentos rochosos, campo úmido, Campos Gerais do Paraná, Parque Estadual do Guartelá

Resumo

Com objetivo de contribuir para o entendimento das formações campestres no planalto meridional brasileiro, realizou-se um levantamento florístico e estrutural em comunidades na parte norte da região fitogeográfica dos Campos Gerais do Paraná, sob um regime climático de transição entre temperado e subtropical. O estudo foi realizado em três fisionomias encontradas no Parque Estadual do Guartelá (Tibagi, PR) (24º39’10” S e 50º15’25” W), com a alocação de 90 unidades amostrais de 1 m2, distribuídas em 30 parcelas em campo seco (CS), 30 em campo com afloramentos rochosos (CR) e 30 em campo úmido (CU). Foram determinadas 128 espécies pertencentes a 28 famílias, com ocorrência de 66 espécies no CS, 55 no CR e 64 para o CU. Apesar do CS apresentar o maior número de espécies não foram observadas diferenças significativas de riqueza e diversidade entre as três fisionomias. A maior riqueza de espécies foi amostrada em Asteraceae (28 espécies), Poaceae (24), Melastomataceae (13) e Cyperaceae (11), padrão comum em áreas campestres dos Biomas Mata Atlântica e Cerrado. Poucas espécies apresentaram alta frequência e cobertura nas comunidades, especialmente gramíneas, entremeadas a um número alto de espécies de baixa frequência e biomassa. Além disso, observou-se uma marcante zonação da vegetação, ditada pelas variações topoedáficas, já que a maior similaridade ocorreu entre CS e CR (54,54%) e dissimilaridade entre CR e CU (21,84%). Apesar disso, foram encontradas 10% de espécies comuns a todas as fisionomias, índice superior ao encontrado em estudos na região. Diferenças florísticas e estruturais das comunidades locais e regionais reforçam a necessidade de mais estudos sobre os campos planálticos do Sul do Brasil para sua compreensão mais detalhada, já que sua complexidade é pouco conhecida e a forte pressão antrópica tem reduzido significativamente sua área de ocorrência.

Biografia do Autor

Anna Luiza Pereira Andrade, Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal, UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil

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Marco Antonio de Assis, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, SP - Brasil

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Marta Regina Barrotto do Carmo, Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG

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Publicado

2023-12-10

Como Citar

ANDRADE, A. L. P.; ASSIS, M. A. de .; CARMO, M. R. B. do. Estrutura e composição em fisionomias campestres setentrionais do Sul do Brasil. Terr@ Plural, [S. l.], v. 17, p. 1–17, 2023. DOI: 10.5212/TerraPlural.v.17.2322248.014. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/22248. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos