Resíduos de agrotóxicos em alimentos no Paraná
um estudo acerca do monitoramento do PARA/PR (2001-2019)
DOI:
https://doi.org/10.5212/TerraPlural.v.17.2322251.020Palavras-chave:
Agrotóxicos, Alimentos, Água, PARA, ParanáResumo
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou em 2001 o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) no intuito de avaliar os níveis de resíduos de agrotóxicos que chegam à mesa do consumidor. Atualmente, todos os estados brasileiros participam desse programa, com exceção do Paraná, o qual instituiu seu próprio programa em 2011 e parou de participar das análises da ANVISA em 2016. Nesse sentido, este artigo objetivou analisar os resultados do monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no estado do Paraná, e discutir os avanços e limites no âmbito do programa estadual. A metodologia baseou-se em pesquisa documental exploratória, de modo que foram analisados os relatórios do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, coordenado pela ANVISA e do Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA/PR), disponibilizados no sítio eletrônico da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR). Além disso, foram analisados os boletins e relatórios do Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações Expostas aos Agrotóxicos do Estado do Paraná (PEVASPEA). Identificou-se que, em média, 60% das amostras de alimentos analisadas no Paraná entre 2001-2019 continha algum nível de contaminação por agrotóxicos; os alimentos com maior frequência de detecções irregulares nas amostragens foram pimentão, morango, pepino e uva; há indícios de multiexposição, pois alguns alimentos, como é o caso do morango, apresentaram uma média de detecção de até oito diferentes ingredientes ativos por amostra; os agrotóxicos mais detectados são do grupo dos ditiocarbamatos, além do carbendazim, imidacloprido e tebuconazol. Assim, este estudo pretende alertar que é imprescindível pensar e demandar modos menos nocivos para o ambiente e para a saúde humana no que se refere à produção de alimentos, além de promover estratégias de alimentação adequada.
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