Emancipação ou embrutecimento e as interfaces entre corpo, cidades e tecnologias
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar as relações entre o corpo, cidades e tecnologias em interface com os processos formativos do sujeito. O ponto central seria evidenciar como as referidas interfaces podem constituir uma determinada representação de mundo e, principalmente, resultar no modo de vida dos sujeitos que podem se apresentar na ambivalência entre as práticas emancipatórias e o embrutecimento. Para tanto, parte-se da análise do uso técnico de corpo como processo de construção social que estabelece a dualidade entre emancipação ou embrutecimento que se pode evidenciar no interior das cidades no campo da teoria crítica. Para analisar os processos formativos do sujeito a metodologia utilizada encontra-se no âmbito da Filosofia da Educação, no sentido de compreender apropriação crítica do conceito de cidadania como resultado do projeto arquitetônico urbanístico em que somos, em parte, resultado do modo como vivemos nas cidades. Concluiu-se que no processo formativo do sujeito encontra-se no paradoxo, por um lado, a construção da cidade pelo viés democrático como lugar para se fazer o espaço do comum na partilha do sensível. Por outro lado, o autoritarismo na segregação dos espaços aos sujeitos.
Métricas
Detalhes do artigo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
Referências
ADORNO, T. W. Educação após Auschwitz. In: ADORNO, T. W. Educação e Emancipação. Trad. Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
AGEM. Agencia Metropolitana da Baixada Santista. Disponível em: < encurtador.com.br/gmMV8>. Acessado em: 06 nov. 2020.
BISSERET, N. A ideologia das aptidões naturais. In: DURAND, José Carlos Garcia (org). Educação e hegemonia de classe: as funções ideológicas da escola. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.
BOURDIEU, P. Programa para uma sociologia do esporte. In: BOURDIEU, P. Coisas ditas. Trad. Cássia R. da Silveira e Denise Moreno Pegorim. São Paulo: Brasiliense, 1990.
CHAUI, M. A ideologia da competência. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
DANTAS, F. C. Por um urbanismo humanizante: uma utopia meta-pragmática. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 15, n. 44, p. 105–115, 2016. Disponível em: <http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html>. Acesso em: 29 maio. 2018.
DELEUZE, G. & GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Trad. Ana Lúcia de Oliveira. Rio de Janeiro: Editora 34, 2014.
DESCARTES, R. Discurso do método. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. 4a ed. São Paulo: Nova Cultura. (Os Pensadores), 1987.
DESCARTES, R. Tratado del hombre. Trad. Guillermo Quintás. Madrid, Editora Nacional, 1980.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Trad. Ligia M. Ponde Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1991.
FREUD, S. O Mal-Estar na Civilização (1930 [1929]). In: FREUD, S. Obras Completas. v. XXI. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
GREGORI, L. Mobilidade urbana num período de contradições pela governabilidade. Disponível em: <http://tarifazero.org/2018/04/22/mobilidade-urbana-num-periodo-de-contradicoes-pela-governabilidade/#more-6882>. Acesso em: 30 jun. 2018.
GUATTARI, F. & ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. 7ª Edição. Petrópolis: Vozes, 2005
GUATTARI, F. As três ecologias. Trad. Maria Cristina F. Bittencourt. Campinas: Papirus, 2009.
GUATTARI, F. Restauração da cidade subjetiva. In: BOURDIEU, P. Caosmose. São Paulo: Ed. 34, 2000.
GUATTARI, F. Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo. Trad. Suely Belinha Rolnik. São Paulo: Brasiliense, 1981.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados>. Acesso em 06 nov. 2020.
MAUSS, M. As técnicas corporais. In: MAUSS, M. Sociologia e antropologia. Trad. Mauro W. B. de Almeida. São Paulo: EPU/EDUSP, 1974
MAUSS, M. OUVRES: représentations collectives et diversité des civilisations. Paris: Éditions de Minuit, 1969.
NIETZSCHE, F. Ecce Homo: como alguém se torna o que é. Trad. Paulo Cézar de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
PLATÃO. A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 1996.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. Trad. Mônica Costa Netto. São Paulo: Editora 34, 2009.
SARTRE, J. P. O ser e o nada. Trad. Paulo Perdigão. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
SENNETT, R. Carne e Pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental. Trad. Marcos Arão Reis. Rio de Janeiro: Record, 1997.
SEVCENK, N. Futebol, metrópoles e desatinos. Revista da USP: dossiê futebol. São Paulo, n.º 22, p. 30-7, jun./jul./ago, 1994.
WUNENBURGER, J. J. O homem na era da televisão. Trad. Miriam Campolina Diniz Peixoto. São Paulo: Edições Loyola, 2005.