O trabalho infantil como intensificação da mais-valia e acumulação do capital

Conteúdo do artigo principal

Leandro José de Araujo
https://orcid.org/0000-0003-4010-7446
Jeferson Luiz Bonato Cochinski
https://orcid.org/0009-0005-4697-9108

Resumo

Este artigo é resultado de uma pesquisa que objetivou demonstrar como o trabalho infantil é naturalizado e integrado ao capitalismo. A análise buscou compreender a exploração do trabalho infantil a partir da concepção materialista histórica da sociedade, fundamentando-se na produção da mais-valia e acumulação do capital. O objetivo do capital é a acumulação e rebaixar o valor da força de trabalho é um dos principais mecanismos para alcançá-lo. Demonstrou-se que o trabalho infantil provoca esta redução e, por esta razão, é naturalizado. Verificou-se que a naturalização deste fenômeno apoia-se em ideias equivocadas de que o trabalho das crianças e adolescentes traz benefícios aos mesmos e seus familiares, pois o trabalho infantil eleva a exploração por meio da mais-valia absoluta e, portanto, amplia a desigualdade social e produz prejuízos no desenvolvimento da infância. Foi utilizada técnica de pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa foi de caráter aplicada e descritiva.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
ARAUJO, L. J. de; COCHINSKI, J. L. B. . O trabalho infantil como intensificação da mais-valia e acumulação do capital. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 24, p. 1–15, 2024. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.24.2420012.004. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/20012. Acesso em: 21 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Leandro José de Araujo, Instituto Federal do Paraná

Doutorando em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica do Paraná ( UTFPR); Mestre em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp). Graduado em Serviço Social pela Unesp. Assistente Social do Instituto Federal do Paraná (IFPR). E-mail: leandroaraujo.social@gmail.com.

Jeferson Luiz Bonato Cochinski, Instituto Federal do Paraná - IFPR

Especialista em Gestão Social de Políticas Públicas pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR); Graduado em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP); Psicólogo do Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS de Balsa Nova. E-mail: jeferson.cochinski@gmail.com.

Referências

ARAUJO, C. M. Trabalho infantil na contemporaneidade: considerações críticas. CEMARX, VII Colóquio Internacional Marx e Engels, [S. l.], vol. 1, n. 01, 2012. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/formulario_cemarx/selecao/2012/trabalhos/7116_De%20Araujo_Claudio.pdf. Acesso em: 10 out. 2021.

BRASIL. Gestão do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, 2010.

BRASIL. Orientação sobre a utilização dos recursos do cofinanciamento das ações estratégicas do PETI pelo Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Nacional da Assistência Social, Departamento de Proteção Social Especial. Brasília: 2015. Disponível em: https://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2015/10/Orienta%C3%A7%C3%B5es_recursos_AEPETI1.pdf. Acesso em: 16 fev. 2024.

CELI, R. Trabalho infantil: causas, consequências, no Brasil e mais! Stoodi, [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.stoodi.com.br/blog/2018/10/25/trabalho-infantil/. Acesso em: 12 out. 2021.

DAMASCENO, V. Lei do Ventre Livre não tinha reais intenções abolicionistas. AUN-USP, Agência Universitária de Notícias, [S. l.], 2017. Disponível em: http://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2017/05/03/lei-do-ventre-livre-nao-tinha-reais-intencoes-abolicionistas/. Acesso em: 13 out. 2021.

DEL PRIORI, M. História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2010.

DOBB, M. Do Feudalismo para o Capitalismo. In: SWEEZY, Paul. (Org.). A Transição do Feudalismo para o Capitalismo. Santa Efigênia. Editora Paz e Terra S.A. 2004.

ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Tradução B. A. Schumann; Edição revista. São Paulo: Boitempo, 2010

FNPETI. Formas e Consequências do Trabalho Infantil, [S. l.], 2021. Disponível em: https://fnpeti.org.br/formasdetrabalhoinfantil/ Acesso em: 14 out. 2021.

GERMER, C. M. O Método Materialista e Dialético de Marx e Engels. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 12, n. 3, p. 45-76, out. 2020.

MARX, K. O capital: o processo de produção do capital. Livro 1. São Paulo: Editora Boitempo, 2011.

MESSIAS, F. C. Trabalho Escravo Infantil. JusBrasil, [S. l.], 2016. Disponível em https://kowacha.jusbrasil.com.br/artigos/398556458/trabalho-escravo-infantil. Acesso em: 15 out. 2021.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, OIT. Trabalho Doméstico Infantil. Brasília. 2018. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-domestico/WCMS_565969/lang--pt/index.htm. Acesso em: 23 nov. 2020.

PEREZ, V. M. Regulação do trabalho do adolescente: uma abordagem a partir dos direitos fundamentais. Curitiba: Juruá, 2008.

SANDRONI, P. O Que é mais-valia. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.

SANTOS, F. B. Trabalho infantil no início da Revolução Industrial. Mundo Educação, [S. l.], 2020. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/trabalho-infantil-no-inicio-revolucao-industrial.htm. Acesso em: 01 dez. 2020.

WESTIN, R. Crianças iam para a cadeia no Brasil até a década de 1920. Senado notícias, [S. l.], 2015. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/07/07/criancas-iam-para-a-cadeia-no-brasil-ate-a-decada-de-1920. Acesso em: 10 out. 2021.