O papel da Cultura de Paz na qualidade de vida: anotações sobre a identidade estigmatizada da pessoa com deficiência

Contenido principal del artículo

Gislaine do Rocio Rocha Simões da Silva
https://orcid.org/0000-0003-0411-0576

Resumen

O objetivo deste artigo é investigar como a cultura de paz pode contribuir na qualidade de vida da pessoa com deficiência considerando a identidade estigmatizada, em meio à repressão social e o capacitismo, apresentados como forma de violência cultural e estrutural. O procedimento metodológico pautou-se na revisão bibliográfica nacional e internacional e dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) além de outros órgãos oficiais. Foi adotado o método hipotético-dedutivo baseadas em leis
e normas nacionais. A dedução ocorre pela busca de suportes que situam os conflitos e hipóteses que surgem de expectativas e teorias existentes. Concluiu-se que a cultura da paz tira da invisibilidade violências, muitas vezes não percebidas, acobertadas pela ideia de que o direito humano foi alcançado pela normatização quando as práticas emancipatórias ainda carecem ser efetivadas.

Métricas

Cargando métricas ...

Detalles del artículo

Cómo citar
ROCHA SIMÕES DA SILVA, G. do R. O papel da Cultura de Paz na qualidade de vida: anotações sobre a identidade estigmatizada da pessoa com deficiência. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 24, p. 1–20, 2024. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.24.21832.036. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/21832. Acesso em: 4 dic. 2024.
Sección
Artigos
Biografía del autor/a

Gislaine do Rocio Rocha Simões da Silva, Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

Doutorada em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestre em Ciências Sociais Aplicadas pela UEPG. Bacharel em Direito. Docente colaboradora da UEPG. E-mail: grsilva@uepg.br.

Citas

ALMEIDA, Marcos Antonio Bettine de, GUTIERREZ, Gustavo Luis; MARQUES, Renato. Qualidade de vida - definição, conceitos e interfaces com outras áreas de pesquisa. São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH/USP, 2012.

BRASIL (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL (2009). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

BRETON, David Le. A sociologia do corpo. Tradução Sônia M.S. Fuhrmann. 2. ed. Petropolis: Vozes, 2007.

CAMPBEL, Fiona Kumari. Contours of Ableism: the production of disability and abledness. London : Palgrave Macmillan. 2009.

DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Inclusão no mercado de trabalho e a pessoa com deficiência, n. 246. 20 nov de 2020. 2020.

DINIZ, Debora. O que é deficiência. 2. ed. Tatuapé : Brasiliense. 2012. Edição do Kindle.

GALTUNG, Joan. JACOBSEN, Carl G. Searching for peace: the road to transcend. London : Pluto Press, 2000.

FLORES, Joaquim Herrera. H. A (re)invenção dos direitos humanos. Tradução de: Carlos Roberto Diogo Garcia; Antônio Henrique Graciano Suxberger; Jefferson Aparecido Dias. Fundação Boiteux, 3009.

FUSE, Motoi. Kyosei. In: KOTHARY, Ashish; et al. (orgs.). Pluriverso: um dicionário do pós-desenvolvimento. Tradução de Isabella Victoria Eleonora. São Paulo: Elefante, p. 388-390, 2021.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto. Machado. 4. ed. São Paulo: Graal. 1984

GOFFMAN, Erving. Estigma: la identidade deteriorada. Buenos Aires: Amorrortu editores. 1995

GOFFMAN, Erving. Estigma : notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução Márcia Bandeira de Mello Leite Nunes. 4.ed. Rio de Janeiro : LTC, 2019.

HARCOURT, Wendy. Política do corpo. In: KOTHARY, Ashish; et al. (orgs.). Pluriverso: um dicionário do pós-desenvolvimento. Tradução de Isabella Victoria Eleonora. São Paulo: Elefante, 2021. (p. 388-390)

JARES, Xesús R. Educação para a paz: sua teoria e sua prática. Tradução Fátima Murad. 2. ed. Porto Alegre : Artmed. 2002.

JARES, Xesus, R. Pedagogia da convivência. Tradução de Elisabete de Moraes. São Paulo: Palas Athena, 2008.

JARES, Xesus, R. A Educação para a paz como estratégia de aproximação das gerações. Congresso Internacional Co‐Educação de Gerações. SESC São Paulo, out./ 2003

LORETO, Luiz Carlos. CAPACITISMO: o que é isso? Edição do Kindle, 2021..

MAI, Lilian Denise; ANGERAMI, Emília Luigia Saporiti. Eugenia negativa e positiva : significados e contradições. Revista Latino-Americana de Enfermagem, n. 14, v. 2, p. 251-258, mar. - abri./2006. Disponível em: <,file:///C:/Users/Info/Downloads/ARTIGO%20-%20EUGENIA%20POSITIVA%20E%20NEGATIVA%20(1).pdf>. Acesso em agosto 2022.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. HARTZ, Zulmira Maria de Araújo. BUSS, Paulo Marchiori. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. In Ciência e Saúde Coletiva, 5, (1): 7-18, 2000. (p. 7-18)

MINAYO, Maria Cecilia de Souza; SOUZA, Edinilsa. Ramos de: Violência e saúde como um campo interdisciplinar e de ação coletiva. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 3, p. 513-531, fev./1998.

OLIVEIRA, Luiza Maria Borges. Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com Deficiência / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) / Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) / Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência; Brasília : SDH-PR/SNPD, 2012.

OLIVER, Michael. Understanding Disability: from theory to practice. 2. ed. London : Palgrave Macmillan. 2009.

OMS - Organização Mundial da Saúde. (2018). Carta da Organização Mundial de Saúde, 1946. Disponível em: <http://www.onuportugal.pt/oms.doc>. Acesso em jul.go./2022.

OMS - Organização Mundial da Saúde. (20198). Carta da Organização Mundial de Saúde, 1946.Disponivel em: http://www.onuportugal.pt/oms.doc. Acesso em 03 fevereiro 2022.

ONUBR – Nações unidas no Brasil. A inclusão social e os direitos das pessoas com deficiência no Brasil: uma agenda de desenvolvimento pós-2015. Artigo 0n-line. Brasília, dez. 2013. Disponível em: <https://brasil.un.org/ sites/ default/files/ 2020-07/UN_Position_Paper-People_with_Disabilities.pdf>. Acesso em: jul. 2022.

PINHEIRO, W. R., AKERMAN, M. Diálogos sobre determinantes sociais e equidade em saúde: um movimento pela práxis em saúde. Curitiba : CRV. 2020.

SALLES FILHO, Nei Alberto. Cultura de Paz e educação para a paz: olhares a partir da teoria da complexidade. Campinas: Papirus, 2019.

SANTOS, Sérgio Coutinho dos. KABENGELE, Daniela do Carmo. MONTEIRO, Lorena Madruga. Necropolítica e crítica interseccional ao capacitismo: um estudo comparativo da convenção dos direitos das pessoas com deficiência e do estatuto das pessoas com deficiência. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 81, p. 158-170, abr. 2022.

SARACENO, B. (2018). Discurso global, sufrimiento local: análisis crítico del movimiento por la salud mental global .Discurso Global: Sofrimentos Locais: análise crítica do movimento pela saúde. Tradução de Antony Martinez Riu. Anais. Barcelona, 05 de fevereiro de 2018.