A sucessão geracional no meio rural em cinco estados brasileiros: possibilidades e limites
Contenu principal de l'article
Résumé
O presente artigo analisa os aspectos relacionados à sucessão rural, que ocorrem nos estabelecimentos da agricultura familiar. As informações foram levantadas, utilizando a metodologia de estudo de caso, por meio de 219 entrevistas, compostas por questionários fechados. As mesmas foram realizadas nos municípios de Francisco Beltrão, Itapejara D’Oeste e Verê, no estado do Paraná (PR); Concórdia, em Santa Catarina (SC); Augusto Corrêa, Tomé-Açú e Viseu, no Pará (PA); Petrolina, em Pernambuco (PE); e nos municípios de Uauá e Cruz das Almas, na Bahia (BA), um total de dez municípios, nos cinco estados brasileiros. Essa investigação tem o propósito de buscar evidências sobre as relações sociais, econômicas e culturais que regem e influenciam a sucessão geracional nos estabelecimentos rurais. O estudo possibilitou comprovar que, quase metade dos agricultores familiares, não possuem garantia de possíveis sucessores, na medida em que, parte expressiva deles, almejam outras formas de renda monetária, fora dos estabelecimentos, inclusive, por meio da emigração.
Statistiques
Renseignements sur l'article
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
This journal provides open any other party.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR.
Références
ABRAMOVAY, R. Juventude e agricultura familiar: desafios dos novos padrões sucessórios. Brasília: Unesco, 1998.
ABRAMOVAY, R. O paradigma do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Edusp, 2012.
BRUMER, A.; SPANEVELLO, R. M. Jovens agricultores da Região Sul do Brasil. Relatório de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 2008. Chapecó: FETRAF-Sul-CUT, 2008.
CAMARANO, A. A.; ABRAMOVAY, R. Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos, Brasília, 1999. Disponível em: http://e.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_0621.pdf. Acesso em: 06 set 2019.
CANDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira e a transformação dos seus meios de vida. São Paulo: Editora 34, 2003.
CHAYANOV, A. V. La organización de la unidad económica campesina. Buenos: Nueva Visión, 1974.
GERMER, C. A irrelevância da agricultura familiar para o emprego agrícola. Reforma Agrária, Campinas, 31, n. 1, jan/abr. 2002. p. 47-61.
GRAZIANO DA SILVA, J. A modernização dolorosa: estrutura agrária, fronteira agrícola e trabalhadores rurais no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo IBGE 2010, 2010. Disponível em: http://e.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?uf=41&dados=29. Acesso em: 19 set. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário 2006, 2006. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/agropecuaria/censoagro/2006_segunda_apuracao/default.shtm. Acesso em: 28 mai. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário 2017, 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/templates/censo_agro/resultadosagro/index.html. Acesso em: 28 out. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios. Uma análise das condições de vida da população brasileira 2015. Disponível em: http://e.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2015/default_tab_xls.shtm. Acesso em: 18 mar. 2017.
KIYOTA, N.; PERONDI, M. Â. Sucessão geracional na agricultura familiar: uma questão de renda? In: BUAINAIN, A. M., et al. (org.). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília: Embrapa, 2014. p. 1011-1045.
LAMARCHE, E. Agricultura familiar: uma realidade multiforme. Campinas: Editora da Unicamp, 1993.
MAIA, A. G. O esvaziamento demográfico rural. In: BUAINAIN, A. M., et al. (org.). O mundo rural no Brasil do século 21: a formação de um novo padrão agrário e agrícola. Brasília: Embrapa, 2014. p. 1082-1099.
MANCUSO, M. I. R. O fenômeno da permanência no sistema social rural. 1975. Tese. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1975.
MARX. K. A ideologia alemã. São Paulo: Martin Claret, 2004.
MOSCOVICI, S. Representações Sociais: investigações em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes, 2007.
MYERS, D. Introdução à Psicologia Geral. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
NAVARRO, Z. O mundo rural no novo século: um ensaio de Interpretação. In: FILHO, J. E. R. V.; GASQUES, J. G.; CARVALHO, A. X. E. D. Agricultura, transformação produtiva e sustentabilidade. Brasília: IPEA, 2016. p. 25-64.
NAVARRO, Z.; PEDROSO, M. T. M. A agricultura familiar no Brasil: da promessa inicial aos impasses do presente, Revista de Economia REN, Fortaleza, v. 45, p. 7-20, out/dez, 2014. Disponível em: http://e.bnb.gov.br/projwebren/Exec/artigoRenPDF.aspx?cd_artigo_ren=1444. Acesso em: 14 set 2019.
PLOEG, J. D. V. D. Ecología, campesinato e historia. Madrid: Las Ediciones de la Piqueta, 1992. p. 153-195.
PLOEG, J. D. V. D. Labor, markets, and agricultural production. Boulder: Westview Press, 1990.
SILVESTRO, M. L. et al. Os impasses sociais da sucessão hereditária na agricultura familiar. Florianópolis: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2001.
TEDESCO, J. C. Agricultura familiar: realidades e perspectivas. Passo Fundo: UPF, 2001.
TOLEDO, E. N. B. A juventude rural e os desafios sucessórios nas unidades familiares de produção, 2008. Disponível em: http://www6.rel-uita.org/agricultura/desafios_juventude_rural.htm. Acesso em: 07 out 2019.
TOLEDO, E. N. B. A monetarização da vida social e a gramática econômica da agricultura familiar: acumulação e sustentabilidade. 2017. Tese. (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
TOLEDO, E. N. B. O Pronaf em Salvador das Missões (RS): contradições de uma política de crédito. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Rural) - Faculdade de Ciências Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.
UNIDADE INTEGRADA VALE DO TAQUARI DE ENSINO SUPERIOR. Dinâmica populacional e sucessão na agricultura familiar no Vale do Taquari: pesquisa de opinião pública. Lajeado: UNIVATES, 2005.
VEIGA, J. E. D.; FAVARETO, A.; AZEVEDO, C. M. A.; BITTENCOURT, G.; VECCHIATTI, K.; MAGALHÃES, R.; JORGE, R. O Brasil rural precisa de uma estratégia de desenvolvimento. Brasília: Convênio FIPE/IICA (MDA/CNDRS/NEAD), 2001.
ZONIN, V. J.; MARTINS, S. R. Por uma agricultura familiar liberta e sem fronteiras: desafios e perspectivas no contexto da Mesorregião da Grande Fronteira Mercosul. In: CORAZZA, G.; RADIN, J. C. Fronteira Sul: ensaios socioeconômicos. Florianópolis: Insular, 2016. p. 229-252.