The lonely voice and the subjective turn

Authors

  • José Carlos Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.5212/RIF.v.20.i45.0014

Keywords:

Literary journalism, Testimonial, Subjectivities, Folkcommunication

Abstract

The term "character journalism" is a concept in formation. It dialogues with the tradition of "profiles," but at the same time houses a set of other textual genres, complementary or overlapping, whose nature calls for sociological as well as editorial investigation. It is phenomenological. Among these genres, "testimonials" stand out, translating the imperative of personal experience as the measure of all things. As a secondary genre, it develops with increasingly sophisticated editing protocols - like the one explored in the work of journalist and Nobel Prize winner Svetlana Aleksiévitch. Among the instruments of analysis is the so-called "subjective turn" - a tendency to overemphasize the individual point of view, affirming it as the best, if not the only, element of legitimate contact with reality - increasingly liquid and resistant to the great meta-reports. It is understood here that the appropriation of the character is, above all, a folk communicational strategy.

References

ALEKSIÉVITCH, Svetlana. Vozes de Tchernóbil: crônica do futuro. 1.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

ANTELO, Raúl. Introdução. IN: RIO, João do. A alma encantadora das ruas: crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Rio de Janeiro: Ed. Uerj, 2010.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Comunidade. A busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2006.

BENJAMIN, W. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras Escolhidas: magia, técnica, arte, política. V 1. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BERGSON, Henri. Matéria e memória: ensaio da relação do corpo com o espírito. 4.ª Ed. São Paulo: WMF/Martins Fontes, 2010.

BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

BLANCHOT, Maurice. O livro por vir. São Paulo: WMF/Martins Fontes, 2013.

BLOOM, Harold. Como e por que ler. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário. Lisboa: Editorial Presença, 1996.

BRAIT, Beth. A personagem. 9.ª ed. São Paulo: Ed. Contexto, 2017.

BRUM, Eliane. Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras. São Paulo: Leya, 2014.

BRUM, Eliane. A vida que ninguém vê. Porto Alegre: Arquipélago, 2006.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. 14.ª Ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2008.

CHARTIER, Roger (org.). Práticas da leitura. 4.ª ed. São Paulo: Ed. Estação Liberdade, 2009.

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideais: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo, 2022.

COLOMBO, Sylvia. Íntimo profissional. Folha de S. Paulo. São Paulo 17 jul 2010. Ilustrada, p. E1-E-3.

DOSSE, François. O desafio biográfico: escrever uma vida. São Paulo: Edusp, 2015.

EAGLETON, Terry. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1993.

EAGLETON, Terry. Balzac encontra Beckham. Folha de S. Paulo. São Paulo, 5 de dez de 2004. Caderno Mais.

ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Ed. Companhia das Letras, 1994.

FERRY, Luc. A revolução do amor: por uma espiritualidade laica. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. Unesp, 1991.

HARAWAY, Donna. O manifesto das espécies companheiras: cachorros, pessoas e alteridade significativa. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 21.ª Ed. São Paulo: Ed. Loyola, 2011.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2003.

ISER, Wolfgang. O fictício e o imaginário: perspectivas de uma antropologia literária. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Uerj, 2017.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

JOHNSON, Steve. Emergência: a vida integrada de formigas, cérebros, cidades e softwares. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2003.

LEJEUNE, Philippe. O diário: gênese de uma prática. IN: GUTFREIND, Cristiane Freitas (org.). Narrar o biográfico: a comunicação e a diversidade da escrita. Porto Alegre: Sulina, 2015.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico: de Rousseau à internet. 2.ª Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2014.

LEJEUNE, Philippe. Dois eus em confronto. IN: NORONHA, Jovita M. Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014.

LIMA, Edvaldo Pereira. Páginas ampliadas: o livro-reportagem como expansão do jornalismo e da literatura. 4.ª Ed. revista e ampliada, Barueri (SP): Manole, 2008.

LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Barueri (SP): Manole, 2005.

LIRA NETO. Para escrever não ficção. Folha de S. Paulo. São Paulo 23 jul. 2017. Ilustrada, p. C8.

MALCOLM, Janet. O jornalista e o assassino: uma questão de ética. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

MARCELO, Gonçalo. Introdução. IN: RICOUEUR, Paul. O discurso da ação. Lisboa: Edições 70, 2018.

MARCONDES FILHO, Ciro. Jornalismo fin-de-siècle. 1.ª Ed. São Paulo: Ed. Scritta, 1993.

MARTINEZ, Monica. Jornada do herói: a estrutura narrativa mítica na construção de histórias de vida em jornalismo. São Paulo: Fapesp/Annablume, 2008.

MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples. Cotidiano e história na modernidade anômala. 2.ª ed. São Paulo: Contexto, 2008.

MELO, José Marques de. Mídia e cultura popular: história, taxionomia e metodologia da folkcomunicação. São Paulo: Paulus, 2008.

MELO, José Marques. LAURINDO, Roseméri. ASSIS, Francisco de (orgs.). Gêneros jornalísticos: teoria e práxis. Blumenau (SC): Edifurb, 2012.

MITCHELL, Joseph. O segredo de Joe Gould. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

MORAES, Fabiana. O nascimento de Joicy: transexualidade, jornalismo e os limites entre repórter e personagem. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2015.

MOSCOVICI, Serge. Representações sociais: investigações em psicologia social. 11.ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 2015).

NORONHA, Jovita M. Gerheim (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2014.

PIRES, Paulo Roberto. “La garantía soy yo!”. Folha de S. Paulo. São Paulo, 27 nov. 2011. Ilustríssima.

RICOUEUR, Paul. O discurso da ação. Lisboa: Edições 70, 2018.

RICOEUR, Paul. O si-mesmo como outro. São Paulo: WMF/Martins Fontes, 2019.

ROSENFELD, Anatol. Literatura e personagem. In: CANDIDO, A. ROSENFELD, A. PRADO, D. GOMES, P. A personagem de ficção. 13.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.

ROUDINESCO, Elisabeth. O eu soberano: ensaio sobre as derivas identitárias. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.

SCHMIDT, Cristina. Teoria da folkcomunicação. In: GADINI, S. WOITOWICZ, K. (orgs.) Noções básicas de folkcomunicação: uma introdução aos principais termos, conceitos e expressões. Ponta Grossa: Ed. UEPG, 2007).

SENNETT, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. 4.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. 5.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

Published

2022-12-23

How to Cite

FERNANDES, J. C. The lonely voice and the subjective turn. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 20, n. 45, p. 244–261, 2022. DOI: 10.5212/RIF.v.20.i45.0014. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/20577. Acesso em: 4 jul. 2024.