La voz solitaria y el giro subjetivo
DOI:
https://doi.org/10.5212/RIF.v.20.i45.0014Palabras clave:
Periodismo literario, Testimonio, Subjetividades, FolkcomunicaciónResumen
El término "periodismo de carácter" es un concepto en evolución. Dialoga con la tradición de los "perfiles", pero al mismo tiempo alberga un conjunto de otros géneros textuales, complementarios o superpuestos, cuya naturaleza exige una investigación sociológica tanto como editorial. Es fenomenológico. Entre estos géneros destacan los "testimonios", que traducen el imperativo de la experiencia personal como medida de todas las cosas. Como género secundario, se desarrolla con protocolos de edición cada vez más sofisticados, como el explorado en la obra de la periodista y premio Nobel Svetlana Aleksiévitch. Entre los instrumentos de análisis se encuentra el llamado "giro subjetivo" -una tendencia a sobredimensionar el punto de vista individual, afirmándolo como el mejor, si no el único, elemento de contacto legítimo con la realidad- cada vez más líquido y resistente a los grandes metarrelatos. Se entiende aquí que la apropiación del personaje es, sobre todo, una estrategia de comunicación popular.
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