Folkmarketing e semiótica

uma análise do uso de signos do universo LGBTI em ações de marketing

Autores

  • Thiago Garcia Martins UNIPAR

DOI:

https://doi.org/10.5212/RIF.v.20.i44.0002

Resumo

Muito se discute sobre o real conceito de marketing cultural, isto é, qualquer ação mercadológica que tange a cultura de um grupo ou sociedade pode ser considerado marketing cultural? De qualquer maneira, é de praxe do marketing utilizar a cultura como critério para entender um determinado mercado. Para refletir sobre isso, exemplifico como a utilização de signos da cultura LGBTI são utilizadas em diferentes contextos por marcas como Santander e Avon. Para esta última, utilizo da semiótica peirceana para analisar o comercial #Eaitápronta? no qual apresenta elementos que tangem a diversidade e o movimento LGBTI para criar um significado para sua marca, um reposicionamento da mesma.  Assim, foi possível analisar ações de marcas que utilizam de signos culturais em suas ações de folkmarketing para gerarem significados intangíveis para seus produtos por meio das marcas.

Referências

AVONBR. Color Trend apresenta: #EAíTaPronta? | AVON. 2017 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=79&v=YDoZhwECjJ4.

BARTHES, Roland. Retórica da imagem. In: BARTHES, Roland. O óbvio e o obscuro. Lisboa: Edições 70, 1984.

BEZERRA, Beatriz Braga. O Product Placement no cinema brasileiro. 2014. 145 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de pós-graduação em Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014. Disponível em: http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13092.

CROMA MARKETING SOLUTIONS (São Paulo). Oldiversity: impactos da longevidade e diversidade para marcas e negócios. 2017. Disponível em: https://cromasolutions.com.br/oldiversity.

FORT, Mônica Cristine; SKURA, Ivania; BRISOLARA, Cristina. CONVENÇÕES CORPORAIS E O MEDO DE ENVELHECER: ideais de juventude e beleza midiáticos versus aceitação pessoal e social da imagem real. Revista Observatório, [S.L.], v. 3, n. 1, p. 183, 30 mar. 2017. Universidade Federal do Tocantins. DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n1p183.

KOTLER, Philip.; KELLER, Kevin L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

LUCENA FILHO, Severino. Folkcomunicação no Contexto da Comunicação. Anuário Unesco/Metodista de Comunicação Regional, [S.L.], v. 15, n. 15, p. 79-94, 31 dez. 2011. Instituto Metodista de Ensino Superior. DOI: http://dx.doi.org/10.15603/2176-0934/aum.v15n15p79-94. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/AUM/article/viewFile/4732/4018.

LUCENA FILHO, Severino. FOLKMARKETING: Uma Estratégia Comunicacional Construtora de Discurso. Revista Internacional de Folkcomunicação, v. 6, n. 12, 25 dez. 2008. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/18727.

MCCARTHY, Jerome; PERREAULT JR., Willian. D. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1997.

MSN. #EAiTaPronta: os rostos da nova campanha Color Trend da Avon. 2017. Disponível em https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/beleza-sem-filtro/supernumbereaitapronta-os-rostos-da-nova-campanha-color-trend-da-avon/ss-BBCGOOD#image=5.

PEIRCE, Charles Sanders. The Collected Papers of C. S. Peirce. Vol. I-VIII, HARTSHORNE, Charles, WEISS, Paul, e BURKS, Arthur (Eds.). Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1931-58. [A obra de Peirce é citada da maneira habitual: x.xxx, sendo o volume seguido pelo parágrafo correspondente].

PENKALA, Ana Paula. A mulher é o novo preto: pensando identidades a partir das representações arquetípicas de gênero na série Orange is the new black. Anais [...]. IV SIGAM – Simpósio Internacional Gênero, Arte e Memória, novembro de 2014.

PEREZ, Clotilde. Signos da marca: expressividade e sensorialidade. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

RECH, Alessandra Paula; SCHUTZ, Danielle. Episódio Queermuseu: Reflexos do despreparo social em torno da arte. Palíndromo, Florianópolis, v. 9, n. 19, p. 13-30, 2017. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/11051.

REIS, Ana Carla Fonseca. Marketing cultural e financiamento da cultura: teoria e prática em um estudo internacional comparado. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.

ROGENSKI, Renato. Campanha da Avon causa impacto negativo na web. Disponível em: https://exame.com/marketing/avon-comenta-filme-quilinhos-que-gerou-criticas-na-web.

SANTAELLA, Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983.

SANTANDER. Cultura. 2022. Disponível em: https://www.santander.com.br/institucional-santander/cultura.

SEMPRINI, Andrea. A marca pós-moderna: poder e fragilidade da marca na sociedade contemporânea. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010.

SILVA, Mariah Christine Rafael Guedes da. AVON: reposicionamento de mercado, marketing de valores e campanhas publicitárias de empoderamento feminino no brasil. In: Congresso de Ciências da Comunicação na região Sudeste, 22., 2017, Volta Redonda. Anais [...]. Volta Redonda: Intercom, 2017. p. 1-15. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/sudeste2017/resumos/R58-1390-1.pdf.

SILVA, Marcia Regina Carvalho da. De olhos e ouvidos bem abertos: uma classificação dos sons do cinema. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 28., 2005, Rio de Janeiro. Anais [...]. Rio de Janeiro: Intercom, 2005. p. 1-14.

SOUSA, João Eudes Portela de. (FOLK)comunicação, cultura e identidade: práticas alimentares do consumo de tanajura enquanto dimensões comunicativas em Tianguá (CE). 2021. 193 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Linguagens) - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2021.

SPERB. Paula. Veja imagens da exposição cancelada pelo Santander, no RS. 2017. Disponível em em: https://veja.abril.com.br/coluna/rio-grande-do-sul/veja-imagens-da-exposicao-cancelada-pelo-santander-no-rs/.

YANAZE, Mitsuru Higuchi; AUGUSTO, E. Gestão estratégica da cultura: a emergência da comunicação por ação cultural, Revista Organicom, São Paulo: v. 7, n. 13, 2010.

WILLIAMS, Raymond. Cultura e sociedade. São Paulo: Editora Nacional, 1969.

Downloads

Publicado

2022-07-23

Como Citar

GARCIA MARTINS, T. Folkmarketing e semiótica: uma análise do uso de signos do universo LGBTI em ações de marketing. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 20, n. 44, p. 30–49, 2022. DOI: 10.5212/RIF.v.20.i44.0002. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/20505. Acesso em: 29 mar. 2024.