Cotidiano dos seringueiros na imprensa amazonense: violência e resistência nos seringais (1900-1920)<br><i>Tappers daily in the Amazonian press: violence and resistence in the rubber groves (1900-1920)<br><i>Cotidiano de los caucheros en la prensa
DOI:
https://doi.org/10.5935/2177-6644.20180015Resumo
Este estudo tem por objetivo apresentar algumas experiências do cotidiano nos seringais amazônicos por meio da imprensa, de onde extraímos algumas imagens dessa vivência no período de 1900 a 1920. Dentre muitos autores nos apropriamos em nossa narrativa histórica do conceito de cultura e experiência em Edward Thompson articulando a compreensão do poder disciplinar [discurso], e de Michel Foucault para trabalhar a violência nos seringais. Objetiva-se, apresentar tópicos acerca da relação de dominação em que a violência se apresentou como linguagem legítima e acessível, e como se deram as resistências e revoltas dos seringueiros que os jornais puderam noticiar. As imagens dos seringais amazônicos emergem desse universo em que tem como interlocutora a imprensa amazonense.
Abstract: This study aims to present some daily experiences in the Amazonian seringais through the press, from where we extracted some images of this experience in the period from 1900 to 1920. Among many authors we appropriate in our historical narrative of the concept of culture and experience in Edward Thompson articulating the understanding of the disciplinary power [speech], and of Michel Foucault to work the violence in the rubber plantations. The objective is to present topics about the relationship of domination in which violence was presented as a legitimate and accessible language, and how the resistance and revolt of the rubber tappers that the newspapers were able to report. The images of the Amazon rubber plantations emerge from this universe in which the Amazonas press is interlocutor.
Keywords: Experience. Tappers. Violence.
Resumen: Este estudio tiene por objetivo presentar algunas experiencias de lo cotidiano en los seringales amazónicos por medio de la prensa, de donde extraemos algunas imágenes de esa vivencia en el período de 1900 a 1920. Entre muchos autores nos apropiamos en nuestra narrativa histórica del concepto de cultura y experiencia en Edward Thompson articulando la comprensión del poder disciplinario [discurso], y de Michel Foucault para trabajar la violencia en los seringales. Se pretende, presentar temas acerca de la relación de dominación en que la violencia se presentó como lenguaje legítimo y accesible, y cómo se dieron las resistencias y revueltas de los caucheros que los periódicos pudieron noticiar. Las imágenes de los seringales amazónicos emergen de ese universo en que tiene como interlocutora la prensa amazónica.
Palabras clave: Experiencia. Extractores. Violencia.
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Referências
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